Depois de registrarem queda nas vendas com o fechamento obrigatório em meio à pandemia do novo (), que chegou a 40% em um dos casos, shoppings centers de trabalham agora para recuperar seu público em meio a um novo cenário, que têm o termo “protocolo de biossegurança” entre suas exigências básicas.

O fechamento de shoppings centers foi decretado por prefeitos de diferentes cidades brasileiras, como forma de evitar aglomerações e, desta forma, conter a circulação do coronavírus. Gradualmente, porém, os estabelecimentos foram autorizados a reabrir –ao mesmo tempo em que contabilizam os prejuízos.

A Alshop (Associação Brasileira de de Shoppings) consultou 103 associados e concluiu que, durante a reabertura do comércio, a circulação nos estabelecimentos caiu cerca de 60%. Já o faturamento foi reduzido a até 70% entre os entrevistados.

“A queda do movimento já era esperada por conta do receio natural de sair com a recomendação da população ficar em casa e também com a queda de renda e desemprego que são consequências da crise causada pelo novo coronavírus”, informou, via assessoria, Nabil Sahyoun, presidente da Alshop. Para se manterem no período, alguns estabelecimentos reduziram ou suspenderam os valores de aluguéis dos lojistas.

Mais antigo estabelecimento do gênero da cidade, o Shopping Campo Grande confirmou, via assessoria, queda nas vendas com o fechamento. Contudo, também aponta indícios de recuperação desde a reabertura.

“O Shopping Campo Grande vem se recuperando gradualmente do impacto provocado pela Covid-19 em todo o país. Atualmente, se comparado ao cenário anterior a pandemia, o ritmo de vendas está aproximadamente 40% menor”, destacou nota enviada à reportagem.

“No entanto”, prossegue o comunicado, “desde o início de sua reabertura, ocorrida no dia 22 de abril, até o começo deste mês, o empreendimento registrou evolução em torno de 60% nas vendas totais. Vale ressaltar que a administração adotou protocolo rigoroso de higienização e intensificou as medidas de prevenção à Covid-19, visando preservar a segurança de clientes, lojistas e colaboradores”.

Reaberto em 18 de abril, no Pátio Central foi outro a informar ter aderido às normas de biossegurança, horário de funcionamento e fluxo de pessoas reduzidos, que seguem em vigor. O centro comercial, contudo, não detalhou o volume de perdas.

“As ações do shopping e dos demais lojistas continuam ativas e encontrando formas e manter e otimizar as vendas, como pedidos feitos pelo WhatsApp, e o objetivo por ora não é quantificar indicadores uma vez que estes se perderão na comparação com outros períodos, posto que estamos vivendo uma situação atípica que nos dão novos olhares para agir com nossos consumidores”, informou, em nota.

Procurada, a direção do Norte-Sul Plaza preferiu não se manifestar. O Bosque dos Ipês não apresentou informações até o fechamento desta reportagem.

Reabertura dos shoppings centers pelo Brasil

Até esta terça-feira (9), menos de 300 dos 577 shoppings brasileiros haviam reaberto as portas. Em Campo Grande, o fechamento dos centros comerciais foi decretado em meados de março, com a reabertura iniciada cerca de um mês depois mediante limitação de público a 40% da capacidade, higienização constante e fornecimento de sanitizantes.

A reabertura dos shoppings provocou filas para entrar nos estabelecimentos e fiscalização do Ministério Público de Mato Grosso do Sul e da própria prefeitura, que apontaram desobediência às regras de funcionamento em alguns casos.