MS projeta incremento de R$ 200 milhões na economia com construção de ponte entre Murtinho e o Paraguai

O governo de Mato Grosso do Sul projeta incremento de cerca de R$ 200 milhões (U$ 50 milhões de dólares) no primeiro ano de funcionamento da ponte sobre o Rio Paraguai, que vai ligar Porto Murtinho – a 454 quilômetros de Campo Grande – à cidade paraguaia de Carmelo Peralta. A ponte é faz parte […]

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O governo de Mato Grosso do Sul projeta incremento de cerca de R$ 200 milhões (U$ 50 milhões de dólares) no primeiro ano de funcionamento da ponte sobre o Rio Paraguai, que vai ligar Porto Murtinho – a 454 quilômetros de Campo Grande – à cidade paraguaia de Carmelo Peralta. A ponte é faz parte da chamada Rota Bioceânica e tem previsão de conclusão em 2021.

A expectativa é de que a Rota Bioceânica – que unirá os oceanos Atlântico e Pacífico – torne-se ponto estratégico para a economia e aumente o movimento das exportações e importações de Mato Grosso do Sul e outras regiões do Brasil com o Paraguai, Argentina e Chile.

Conforme informações de estudo feito pelo Setlog/MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística) e divulgadas pelo governo do Estado, no primeiro momento, circularão mercadorias de maior valor agregado, entrando na sequência às commodities. A entidade ainda estima que, antes da finalização do asfalto no trecho paraguaio, o volume de cargas será intensificado com a ligação fluvial.

MS projeta incremento de R$ 200 milhões na economia com construção de ponte entre Murtinho e o Paraguai

As projeções do governo do Estado e do setor privado são otimistas. Entre os ganhos econômicos, está incremento na competitividade mundial, com encurtamento de distâncias e redução de tarifas com seu principal mercado, o asiático. Também são esperados ganhos na produção industrial e na cadeia que envolve o turismo e também o intercâmbio cultural e tecnológico.

MS projeta incremento de R$ 200 milhões na economia com construção de ponte entre Murtinho e o Paraguai
Mario Abdo e Michel Temer: obras estruturantes. (Foto: Kiko Sierich/Divulgação/Itaipu)

A autorização para construção da ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta foi assinada no dia 21 de dezembro pelo então presidente Michel Temer e pelo chefe de Estado paraguaio Mario Abdo Benítez, se traduz “em um avanço extraordinário e concreto” para consumar a integração latina, destacou o governador Reinaldo Azambuja na data.

Itaipu

A projeção é que a parte da Rota Bioceânica – 2.396 quilômetros entre Campo Grande (MS) e Antofagasta, no Chile – encurte a distância entre o principal parceiro comercial do Estado, a China, em 8 mil quilômetros, tornando assim os produtos brasileiros mais competitivos no mercado asiático. A obras depende da execução da

ponte sobre o Rio Paraguai e a pavimentação de 500 quilômetros da rodovia do Chaco paraguaio, de Carmelo Peralta à fronteira com a Argentina, já em execução.

Além da ponte em Porto Murtinho, os governos brasileiro e paraguaio autorizaram a construção de uma outra na fronteira, sobre o rio Paraná, em Foz do Iguaçu (PR), totalizando investimentos de R$ 1 bilhão, incluindo obras viárias complementares. O valor será financiado pela binacional Itaipu. Pelo que foi acordado entre os dois governos e pela diretoria de Itaipu, a parte paraguaia da usina financiará a construção da ponte em Mato Grosso do Sul.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit), os procedimentos para a construção devem ser iniciados já a partir de janeiro. A ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta terá 500 metros de extensão e o projeto inclui a construção de um contorno rodoviário interligado à BR-267, de 11,9 quilômetros, sendo 10,457 quilômetros de pista e 1.460 metros em pequenas pontes de vazão necessárias no trecho, que sofre inundação durante cheia no Pantanal.

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