Construção de ponte em MS vai unir Pantanal, Chaco e Cordilheira e deve favorecer turismo

A construção da ponte entre a pantaneira Porto Murtinho (cidade a 454 quilômetros de Campo Grande) e cidade paraguaia de Carmelo Peralta – também chamada de Rota Bioceânica –  deve impactar a economia das cidades da região sudoeste de Mato Grosso do Sul. Uma das principais expectativas sobre a ponte, que será construída pela Usina […]

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A construção da ponte entre a pantaneira Porto Murtinho (cidade a 454 quilômetros de Campo Grande) e cidade paraguaia de Carmelo Peralta – também chamada de Rota Bioceânica –  deve impactar a economia das cidades da região sudoeste de Mato Grosso do Sul. Uma das principais expectativas sobre a ponte, que será construída pela Usina de Itaipu, é de favorecimento no setor de turismo, interligando três biomas diferentes.

De acordo com o prefeito de Porto Murtinho, Derlei Delevatti (PSDB), uma reunião entre os governos do Brasil e do Paraguai deve ser realizada ainda nesta semana para sacramentar a construção, que já foi aprovada pela direção da Itaipu.

“No dia 21 deve ser feita uma reunião para discutir os valores, entre o Brasil e o Paraguai, no Paraguai. Nós [prefeitura] estamos acompanhando os estudos, a partir das universidades, mais para o turismo. A expectativa é para uma rota que vai unir o Pantanal, o Chaco paraguaio e Cordilheira dos Andes. Deve ser uma das mais ricas em termos da natureza do mundo, unindo três biomas distantes com características e belezas. Em termos de processos turísticos, temos essa visão”, explica.

Além do setor turístico, Delevatti cita que as cidades de Mato Grosso do Sul, e até de estados vizinhos, devem ganhar em facilidade para escoar a produção de grãos em direção aos portos chilenos no Pacífico e em direção ao comercio com os países asiáticos.

“Vai baratear e dar condições para os produtores do Brasil, incluindo o Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso, escoar a produção via esse trajeto. Com isso, é esperada a instalação de empresas de transportes, indústrias em Porto Murtinho. A cidade vai deixar de ser ‘fim de rota’ para ser um portal entre o Atlântico e o Pacífico”.

As tratativas para a construção do empreendimento tiveram início em agosto deste, durante a posse do presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez. Em outubro, o ministro Carlos Marun (MDB), da Secretaria de Governo, discutiu detalhes do projeto com a bancada de Mato Grosso do Sul. A previsão é de que as definições sejam feitas até o fim do governo do presidente Michel Temer e, segundo prefeito de Porto Murtinho, o presidente eleito, Jair Bolsonaro já manifestou que tem interesse em concretizar a rota.

Construção de ponte em MS vai unir Pantanal, Chaco e Cordilheira e deve favorecer turismo

Itaipu deve construir duas pontes ligando o Brasil ao Paraguai. Além da ponte sobre o rio Paraguai, em Mato Grosso do Sul, outra ponte deve ser construída entre Foz do Iguaçu à cidade paraguaia de Presidente Franco, passando pelo rio Paraná.

A previsão é que a ponte seja concluída no prazo de 4 anos. O Jornal Midiamax procurou a Itaipu que ainda não há informações sobre data e valores e as questões ainda estão em fase de estudos. De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, a conta das obras foi estimada pela empresa em US$ 170 milhões (R$ 664 milhões), que seriam pagos pela usina hidrelétrica até 2022. O valor, porém, também deverá conter outros US$ 70 milhões (R$ 274 milhões), referentes a obras complementares e a desapropriação dos terrenos onde as duas pontes poderão ser construídas.

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