Dólar tem dia de poucos negócios e fecha em leve alta, a R$ 4,0622
O mercado de câmbio teve um dia de volume baixo de negócios e oscilações contidas. Operadores relatam que o mercado cambial teve um dia típico de final do ano, ao contrário da Bolsa, que seguiu renovando recordes e superou os 115 mil pontos. A maior parte do movimento de remessas das empresas e fundos para […]
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O mercado de câmbio teve um dia de volume baixo de negócios e oscilações contidas. Operadores relatam que o mercado cambial teve um dia típico de final do ano, ao contrário da Bolsa, que seguiu renovando recordes e superou os 115 mil pontos. A maior parte do movimento de remessas das empresas e fundos para o exterior já ocorreu e os traders monitoram eventos como os próximos passos das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, com declarações da Casa Branca sinalizando assinatura do acordo “fase 1” em janeiro. O dólar à vista fechou em leve alta de 0,06%, a R$ 4,0622. No mês, o dólar acumula queda de 4,20%. O dólar futuro para janeiro terminou estável, em R$ 4,0640.
A agenda até que foi forte hoje, aqui e lá fora, com reuniões de política monetária de vários bancos centrais, como Suécia, México e Inglaterra. No mercado doméstico, o Caged surpreendeu, com a maior criação de vagas em novembro desde 2010, e o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) apontou para maior fôlego da atividade. Mesmo assim, o câmbio operou de lado, de olho nos eventos de 2020, ressalta um trader. A moeda oscilou entre R$ 4,0519 a R$ 4,0700.
O analista de moedas do Canadian Imperial Bank of Commerce (CIBC), Luis Hurtado, espera que o real ganhe força ante o dólar em 2020, em um ambiente de maior crescimento doméstico e cenário externo menos adverso. “A situação doméstica parece estar melhorando”, afirmam em relatório nesta quinta-feira.
Com as privatizações, a perspectiva do banco canadense é que aumente a entrada de capital externo em 2020, o que deve ajudar a retirar pressão no câmbio. Para o CIBC, a moeda americana deve cair para R$ 3,90 no primeiro trimestre. Um dos limitadores para uma maior apreciação ao real é o nível historicamente baixo de juros no País, o que deixa os ativos financeiros no país menos atrativos para o investidor internacional. Por isso, a moeda americana tende a terminar o próximo ano em R$ 4,00.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou hoje que houve descolamento do real em relação às moedas de outros países emergentes, mas o movimento já chegou ao fim. “O real teve uma depreciação parecida com a de outros países emergentes, depois descolou, e agora voltou a ter uma variação parecida com essa cesta de moedas”, completou.
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