De enfermeira a doceira: busca pelo empreendedorismo aumenta

Rota do Desenvolvimento ofereceu ideias e motivações

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Rota do Desenvolvimento ofereceu ideias e motivações

Empreender pode ser considerado uma arte. Alguns têm talento nato, outros precisam aprender. Adquirir conhecimento e trocar experiências, no entanto, é imperativo para todos. Entre os 3 dias de Rota do Desenvolvimento, empresários iniciantes ou experientes estiveram no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo em busca de ideias de como alavancar ou incrementar seu negócio.

Dentre os cerca de 4 mil visitantes do evento, Ellen Mattos, de 29 anos, estava em busca de informações para abrir seu empreendimento. Formada em enfermagem, Ellen descobriu, depois de trabalhar na área, que não se identificava com a atividade.

“Larguei a enfermagem e comecei a trabalhar com doces, mas parei por alguns meses quando nasceu meu bebê. Agora quero retornar a trabalhar e estou a procura de informações pois desejo permanecer na área de alimentos”, conta ela.

Luzia Correa, de 59 anos, também está iniciando um negócio. Recentemente ela abriu sua própria agência de turismo, porém possui mais de 20 anos de experiência no ramo. Ela acredita que a sustentabilidade é fundamental para a manutenção do turismo, por isso esteve no evento para assistir a palestra da jornalista Sônia Bridi.

Além disso, Luzia participou da Rota do Desenvolvimento para informar-se acerca das iniciativas para as mulheres. “Quero participar da Tarde para Mulheres Empreendedoras, pois por mais que as mulheres estejam se liberando, ainda encontram dificuldades”, explica a agente de turismo.

Depois de lecionar por vários anos, a pedagoga Francisca Viana, decidiu empreender e abriu a própria escola. Começou em 1996 com o ensino fundamental I e hoje oferece educação infantil e fundamental II. Depois de anos dirigindo seu estabelecimento de ensino, Francisca percebeu que precisaria do marketing para melhor atender seu público.

“Escola particular é uma empresa e precisa de administração competente, com a crise que atravessamos hoje, temos que buscar caminhos. E uma coisa que pedagogo não sabe fazer, é o marketing. Estou sempre querendo aprender e a tecnologia é uma ferramenta útil”, declara Francisca, que fez o curso de Planejamento de Marketing Inicial do Sebrae.

Marketing também é a preocupação do corretor de imóveis Donizete Correa, de 60 anos. Ele já teve experiências de publicações em algumas mídias sociais, porém sem retorno. “Já contratei uma profissional que fez um trabalho ótimo, as postagens ficaram lindas, conseguimos visualizações e curtidas, mas nenhum contato”, diz o corretor.

Donizete trabalha no ramo há mais de 20 anos e conta que mesmo em sites de anúncios de imóveis o retorno não é bom, além de ser um meio muito congestionado. Segundo ele, classificados em jornais ainda é o tipo de anúncio que gera mais contatos e negócios, porém são caros.

Os empreendedores sempre estão precisando de ajuda e informações para se adaptarem às mudanças naturais do mercado. Apesar de não ter conseguido o retorno desejado com o marketing digital, Donizete espera que uma mídia e uma abordagem diferente possam atrair mais clientes.

A doceira Ellen esteve na Rota do Desenvolvimento em busca de ideias para planejar o negócio e as palestras das quais participou a ajudaram a amadurecer os planos de como gerenciar seu negócio, além de motivação para continuar. Francisca, que era resistente ao uso do marketing para uma escola, deixou o evento convencida de que a presença nas mídias sociais é necessária.

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