Início do ano teve maior baixa de oferta de empregos em 12 anos

Com a insegurança no trabalho de pelo menos 22,6% dos campo-grandenses, a intenção de consumo entre as famílias caiu 8% em relação ao mesmo período do ano passado, 13,5% se sentiam inseguros no ambiente de trabalho. Apenas 32,9% dos entrevistados se sentem seguros, os números são resultado da pesquisa feita pela CNC (Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviço e Turismo).

A pesquisa ainda revela que a perspectiva profissional para os próximos seis meses para a maioria da população é positiva 63,1% contra 23,9%. De acordo com o economista Thales Campos a projeção é que a intenção de compra cai ainda mais nos próximos meses.

“Os aumentos dos encargos acabam refletindo na intenção de compras da população, e isto, é consequência natural do momento econômico que o país esta vivendo”, explica o economista. Ainda de acordo com Thales os três grandes setores econômicos vão sofrer ainda mais, na agricultura com o dólar alto, os insumos ficam mais caros, na indústria a produção acabará estocada já que o comércio não está vendendo.

Para muitos campo-grandenses a renda familiar melhorou em relação ao ano passado, 56,7%, já 12,4% acham que a renda piorou e 30,6% acreditam que se manteve igual. E mesmo com 8,7% terem declarado estar desempregados, contra 14,2% no mesmo período do ano passado, a situação econômica do país ainda preocupa.

Mesmo que para alguns a renda tenha melhorado, Thales Campos, afirma que o consumidor está mais cauteloso e preocupado, já que números revelam que no início do ano a oferta de empregos caiu, o que não acontecia em 12 anos na Capital. E diante de números negativos, o dia das mães não deve ser bom para o comércio de Campo Grande.

“Este ano vai ser de presentes baratos para as mães. O endividamento das famílias cresceu, e isto tem refletido na intenção de gastos”, explica Thales Campos.