Dólar valorizado encarece campanha de vacinação contra a aftosa em MS

Para presidente de Associação de criadores, alta é abusiva

As doses das vacinas contra a febre aftosa estão mais caras nos últimos meses em Mato Grosso do Sul. A segunda etapa da vacinação contra febre aftosa na área de fronteira do Estado começou na terça-feira (13) e os criadores vão “sentir no bolso” o reflexo da alta na cotação do dólar, segundo o presidente da Acrisul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Jonathan Barbosa.

“Os laboratórios se aproveitam da moeda em alta para alavancar o preço do produto. Os criadores são obrigados a pagar para proteger os animais”, afirmou. Ainda segundo o presidente, a dose da vacina fica em torno de R$ 1,50 e R$ 2,30 no Estado, dependendo da marca, laboratório e quantidade. “A alta no preço da dose da vacina é de centavos desde o aumento do dólar, mas para os criadores isso é muito, já que não é apenas uma dose a se comprar, mas várias. A vacinação precisa ser feitas cerca de 3 vezes ao ano. Isso impacta e muito o bolso dos criadores”, ressalta.

Vacinação na fronteira

A segunda etapa da vacinação contra febre aftosa na área de fronteira é para animais de 0 a 24 meses. O prazo final da vacinação é 27 de novembro. Após este período, o produtor rural tem até o dia 14 de dezembro para fazer o registro da vacina junto à Iagro – Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal.

A área compreende treze municípios: Antônio João, Japorã e Mundo Novo e parte dos municípios de Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Corumbá, Ladário, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho e Sete Quedas.

A Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária, Animal e Vegetal) modificou em setembro deste ano a faixa etária do rebanho da fronteira a ser vacinada nesta segunda etapa atendendo ao pedido da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS).

Na região do Planalto, a segunda etapa da vacinação vai do dia 3 de novembro a 7 de dezembro. No Pantanal começa também no dia 3 e vai até o dia 20 de dezembro. O calendário é diferenciado devido a estudos epidemiológicos das diferentes regiões produtoras.