Riedel regulamenta proibição do uso de celulares em escolas de Mato Grosso do Sul

Aulas na rede estadual de ensino retornam dia 17 e celulares estão proibidos até mesmo nos recreios

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Uso de celular em ambiente escolar (Arquivo, EBC)

Às vésperas da volta às aulas nas escolas estaduais de Mato Grosso do Sul, o governador Eduardo Riedel regulamentou a lei federal que proíbe celulares dentro das escolas da rede. Com a publicação, fica oficialmente proibido levar aparelhos eletrônicos portáteis para escolas da rede estadual.

Conforme a resolução da Secretaria Estadual de Educação, publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (6), a proibição se aplica aos estudantes de todas as etapas da educação básica, em espaços de uso coletivo ou individual, durante o período regular e extracurricular de aulas.

O estudante que levar celulares ou tablets para a escola deverá deixá-los armazenados e desligados, em bolsa ou mochila própria, sem a possibilidade de acessá-los durante o período de aulas, assumindo a responsabilidade por eventual extravio ou dano.

Importante destacar que a proibição de uso se estende a recreios e intervalos e o descumprimento da regra pode incidir em advertência verbal, registro de ocorrência com comunicação aos responsáveis e recolhimento temporário do aparelho eletrônico com devolução apenas aos responsáveis.

Desafios da adaptação

Embora a medida tenha o objetivo de incentivar a concentração e o desenvolvimento social, especialistas alertam para os desafios dessa adaptação, especialmente no início. Psicopedagoga e mestre em neurociência, Gláucia Benini destaca que a restrição pode gerar um aumento na ansiedade entre crianças e adolescentes.

“Esse tempo imposto sem o celular pode trazer a sensação de separação de algo que, para eles, é quase uma extensão do próprio corpo. Isso pode levar à dificuldade de concentração e até à falta de foco nos estudos”, explica.

O uso intenso dos celulares também pode levar à chamada ‘síndrome da checagem’, em que o cérebro se condiciona a verificar constantemente o celular, mesmo sem notificações. Gláucia destaca que esse comportamento pode se transformar em um hábito difícil de romper, tornando-se uma verdadeira dependência digital.

No entanto, a especialista ressalta que, com o tempo, a retirada gradual do celular pode trazer benefícios. “Depois desse período de ‘desmame’, os estudantes tendem a desenvolver maior capacidade de concentração e foco, o que pode impactar positivamente no aprendizado e na interação social”, afirma.

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