A conscientização contra a dengue chegou às escolas estaduais de Mato Grosso do Sul de maneira pedagógica, envolvendo os alunos em ações de prevenção e combate à doença. Com cenário crítico para a dengue no país, os estudantes foram estimulados a desenvolver atividades em várias áreas, como forma de reflexão sobre o assunto.
A ação foi realizada em parceria pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) e da SED (Secretaria de Estado de Educação) em março, com apresentações dos projetos nesta quarta-feira (10), na Escola Estadual Maria Eliza Bocayúva Corrêa da Costa, em Campo Grande.
Localizada na Vila Margarida, a escola sediou o Dia D contra a doença, onde os alunos puderam expor seus trabalhos. Uma turma apresentou uma peça teatral sobre a atuação dos agentes de saúde junto a população, outra equipe desenvolveu um projeto na aula de química para a captura de ovos do mosquito com itens encontrados em casa.
Mais do que conscientizar os alunos, o projeto quer levar mudança no comportamento para dentro das famílias. A gerente técnica de doenças endêmicas da SES, Jessica Kleber, afirma que o intuito do projeto é transformar os jovens em pontes da escola com a casa.
A secretária-adjunta de Educação de MS, Dione Hashioka, destacou a importância de trabalhar sobre a prevenção de forma multidisciplinar dentro das escolas. “Precisamos conscientizar a nossa população da importância que ela tem na procriação desse mosquito e nada melhor do que utilizar os jovens para isso”, conta.
Alunos conscientes e atuantes
Bastou uma rápida volta na escola para ver que os alunos se envolveram com o projeto e agora ‘dão aula’ sobre prevenção da dengue. Os projetos foram realizados de maneira multidisciplinar, envolvendo desde ciências até o teatro.
A estudante Yânia dos Santos Vendeiros utilizou itens descartáveis, que encontrou ao redor da escola, para tirar o lixo do lugar indevido e coletar larvas do Aedes aegypti. Junto com três colegas, elas aprenderam sobre o ciclo do mosquito e a forma como eles se reproduzem, bem como a forma de evitar a proliferação.
Outro grupo de alunas do 3° ano, desenvolveu armadilhas caseiras para o mosquito, com itens como garrafa pet, tesoura, lixa, fita, o túnel e o anelzinho da garrafa.
