Os moradores da área de ocupação da Homex, localizada no Jardim Centro Oeste em Campo Grande, terão acesso regular aos serviços de água e esgoto a partir da próxima semana. Equipes da Águas Guariroba farão o cadastramento de moradores para o recebimento dos serviços às 13h deste sábado (16), no evento “Ehma em Ação”.

No total, a implementação do sistema de saneamento implantará 8,7 quilômetros de rede de água e outros 12,6 km de rede de esgoto na região. A melhoria impactará mais de 1,4 mil famílias que moram na região da área de ocupação. Os moradores aguardam pela regularização há mais de 10 anos.

A primeira rua a receber a intervenção será a Rua Mairinque. Os moradores devem aguardar a instalação das redes e, em seguida, realizar cadastramento junto à concessionária para regularizar os serviços.

O cadastramento dos moradores para o recebimento dos serviços será realizado durante o evento “Ehma em Ação” neste sábado (16). A iniciativa começará às 13h30 na Escola Municipal Professora Maria Regina de Vasconcelos Galvão. A unidade escolar fica na Rua José Pedrossian, 1270, no Parque Novo Século.

Um ano após anúncio de regularização, moradores da Homex relatam abandono

Um ano após assinatura de lei que prometia regularizar a comunidade Homex, na região do Jardim Centro Oeste, moradores da área relatam abandono e acusam a Prefeitura de Campo Grande de não cumprir com o combinado, até o momento.

Em março de 2023, a Prefeitura de Campo Grande sancionou o Projeto de Lei 10.885/2023, que autorizou o município a permutar área pública com a área da comunidade da Homex. Entre as principais promessas, estavam a qualidade de vida, segurança e moradia decente aos moradores, decorrentes da regularização fundiária que beneficiaria cerca de 1.500 famílias.

Condomínio nunca chegou

Em 2013, a empresa mexicana abandonou a obra de construção das moradias que começou a ser erguida em 2011. Na época, a Homex informou que estava passando por dificuldades financeiras. O empreendimento contava com dez blocos residenciais, no entanto, apenas seis foram entregues. Com a falência da construtora, o restante da documentação não concluiu, deixando muitas famílias no prejuízo. 

Antes composto basicamente pelo mato e por ruínas das inacabadas obras da Homex, o cenário está tomado por pedaços de madeiras, telhas e lonas usadas no alicerce dos barracos. Ao longo dos últimos quatro anos, se modernizam e crescem com construções avançadas no local.

O perfil da maioria que mora ali é quase o mesmo: pessoas que viviam de aluguel e enfrentavam sérias dificuldades para conseguir se manter convivendo com duras condições de miséria.