O IHP (Instituto Homem Pantaneiro) iniciou, nesta quarta-feira (7), um monitoramento na fauna na Serra do Amolar, no de Corumbá, que fica a 700 km de . A região foi atingida por um incêndio florestal de grandes proporções que consumiu 2,7 mil hectares do bioma, de acordo com o Painel do Fogo. 

As chamas iniciaram em 27 de janeiro em uma propriedade rural. A PMA (Polícia Militar Ambiental) autuou e multou um proprietário rural em R$ 9,67 milhões pela responsabilidade no incêndio. 

O monitoramento realizado pelo IHP visa observar os impactos na fauna da região que conta com mais de 800 espécies de animais. 

Não há prazo para obter os primeiros resultados, mas a expectativa é que os primeiros indícios sejam obtidos nos próximos dias. 

Serão usadas armadilhas fotográficas, drone, monitoramento em tempo real por meio do sistema Pantera e outras técnicas e equipamentos. O trabalho será conduzido pelo biólogo Wener Hugo Moreno e o médico-veterinário Geovani Tonolli.

“Nós chegamos aqui justamente para acompanhar e identificar possíveis espécies que estão procurando locais mais seguros em decorrência dos incêndios que estão ocorrendo aqui na região. A gente está com a equipe de brigadista, a Brigada Alto Pantanal, que fez uma primeira avaliação e identificou a situação da fauna. Nós trouxemos alguns equipamentos que podem auxiliar e complementar esse trabalho de monitoramento, e, se preciso, acionar apoio para fazer resgate”, detalha Geovani Tonolli.

Onça-pintada, anta, queixada, tamanduá-bandeira, tatu-canastra, mutum-de-penacho, ariranha, gato-mourisco estão entre as espécies ameaçadas. 

Na região da Serra do Amolar já foram identificados:

  • 132 espécies de aves
  • 11 espécies ameaçadas segundo a lista do MMA 2022 e IUCN (mamíferos e aves);
  • 14 espécies da herpetofauna registradas (jacaré, lagartos, sapos, perereca e etc.);
  • 30 espécies de mamíferos identificadas (monitoramento de biodiversidade-visualização, câmera trap, vestígios ou por vocalização).

A Rede do Amolar já identificou 800 espécies até o momento, como 42 de abelhas, aproximadamente 82 de aranhas, 62 de borboletas, 120 de formigas, 420 de besouros, 24 de libélulas, 71 de percevejos e 40 espécies de vespas.

“Subimos para a região da Serra do Almo, onde a gente atua com monitoramento através de câmeras traps, dados de colar, pra gente fazer uma análise exploratória. Entendermos como o fogo está afetando, nesse 2024, a fauna na região, como ela está se comportando, quais são as rotas de podem estar usado”, explica Wener Hugo Moreno.