Ainda sem acreditar na perda repentina, amigos, fãs e familiares de João Carreiro se despedem do artista no velório. Considerado “ídolo”, para quem conhecia de perto a carreira, a sensação de consternação assola a Câmara Municipal de Campo Grande.

Ricardo Teixeira, produtor de eventos e amigo do artista há 19 anos, diz que João era querido em todo lugar que se apresentava. O show que mais marcou neste ano aconteceu em Maracaju, lotado de fãs queridos.

“O João era um ídolo para todo mundo, desde as crianças aos mais velhos. Era aquela cara humilde, tratava todo mundo bem, atendia todo mundo no camarim, podia ter 30 ou 300 pessoas, não importava [a quantidade de fãs], todo mundo era atendido. Ele não tinha noção do quanto era querido”, relata.

O produtor comentou um pouco sobre o início da carreira solo, quando se deparou da dupla com Capataz, há cerca de seis anos. “Eles romperam para tratar depressão, começou a carreira solo e explodiu. Todo show era casa cheia”.

Jads, da dupla com Jadson, e o sul-mato-grossense Loubet participam da despedida. O velório segue até às 9h, aberto ao público. Cerca de 110 pessoas acompanham a cerimônia no plenário. João deixa a companheira e uma filha.

Ricardo era amigo há 19 anos de João (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Morte após cirurgia

O sócio-empresário, Diego Diniz, que trabalhava há seis meses com o cantor, conta que a cirurgia cardíaca havia sido marcada no dia 22 de novembro do ano passado, no Hospital do Coração.

Os shows previstos para janeiro foram remarcados, já que ele iria ficar 30 dias se recuperando do procedimento. João carreiro já tinha uma válvula no coração e realizou a primeira troca, entretanto, o corpo teria rejeitado o implante.

“Janeiro seria off. Ele iria voltar com os shows de fevereiro, com agenda até agosto desse ano”, disse o empresário.