‘Decisão deles’, diz Eduardo Riedel após Polícia Civil não desfilar no 7 de Setembro

Policiais civis protestaram com máscaras e não participaram do desfile

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Governador participou do desfile em Campo Grande. (Ana Laura Menegat, Midiamax)

O governador Eduardo Riedel (PSDB) disse que foi decisão da Polícia Civil não participar do desfile cívico neste 7 de Setembro. Os policiais fariam protesto pacífico em reforço à greve por reajuste salarial.

“Uma decisão deles, do comandante da unidade, delegado geral, de participar ou não. Não foi uma decisão do governo, a gente não teve a menor ação nesse sentido”, disse Riedel em coletiva de imprensa após o evento.

Assim, o governador afirmou que respeita a decisão. “É uma celebração nacional, da independência do Brasil em 7 de setembro, e foi uma decisão deles não participar e a gente respeita”.

Manifestação da Polícia Civil

Alexandre Barbosa, presidente do Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de MS), esclarece que uma manifestação pacífica foi marcada para a data. Os agentes foram orientados a usar uma máscara cirúrgica, contudo, o uso teria desagradado autoridades superiores.

“Estavam usando máscaras, pela condição de saúde, o ar está péssimo, e pela saúde do policial. Será a primeira vez em anos que a Polícia Civil não vai desfilar. Os policiais que acordaram cedo para ver o desfile com suas famílias, em apoio, também deixaram o desfile”.

Após o cancelamento da participação, os policiais passaram pela Avenida Afonso Pena, em comboio, com sirenes e giroflex ligados. “São viaturas oficiais, estão retornando para as respectivas delegacias. Também cancelamos nossos protestos marcados para o dia, como panfletagem falando sobre a paralisação”.

Paralisação regional

Cerca de 70% dos policiais civis do Estado aderem à paralisação por valorização salarial e de carreira. Ainda segundo Barbosa, a categoria está esperando para a próxima terça-feira (10) reunião com deputados estaduais para montar uma comissão para resolver o impasse. Caso não haja uma solução, não está descartada nova paralisação.

O escrivão Carlos Alexandre disse que há uma defasagem salarial muito alta que não alcança as necessidades básicas dos policiais. “A Polícia Civil está sangrando”, disse. Ele ainda relatou que a polícia do Estado é considerada uma das melhores, mas com um dos piores salários.

“Polícia desvalorizada, a população fica insegura”, falou.

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