Com 110 pacientes na ortopedia e outros nos corredores, Santa Casa alerta para superlotação

Em 2023, o maior hospital de MS chegou a esta situação ao menos três vezes

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Santa Casa de Campo Grande (Nathalia Alcântara, Midiamax)

A Santa Casa de Campo Grande vive situação crônica de superlotação. Nesta segunda-feira (12), de Carnaval, o maior hospital de Mato Grosso do Sul emitiu uma nota em que aponta cenário de superlotação em suas instalações. Em 2023, a unidade de saúde chegou a esta situação ao menos três vezes.

“Infelizmente, não temos a capacidade de atender a todos simultaneamente”, diz comunicado da Santa Casa neste início de semana. Segundo eles, são 110 pacientes internados na área de ortopedia, sendo que 40 aguardam vagas cirúrgicas.

A Santa Casa é referência em atendimento de alta complexidade e atende não só à demanda de Campo Grande, mas de todo o Estado. “A tendência é de piora, e estamos cientes da necessidade urgente de medidas para aliviar essa pressão sobre nossa estrutura”, diz em nota.

No cenário de superlotação, os novos pacientes permanecem mais de 12 horas nos corredores, aguardando uma vaga na enfermaria. A Santa Casa reconhece o desconforto e ansiedade que essa espera pode causar e gravidade da situação.

Problema crônico

Em 2023 o Jornal Midiamax noticiou várias vezes em que a Santa Casa alegou estão em superlotação. A primeira delas, em abril, quando o hospital chegou a fechar as portas para novos pacientes.

A situação se agravou ao longo do mês de abril, devido a uma crise do sistema de saúde com a alta de casos de doenças respiratórias, especialmente em crianças. No fim de maio, a Santa Casa ainda enfrentava problemas e chegou a informar que estava acelerando a alta de pacientes do Pronto Socorro.

Passados cinco meses, em outubro de 2023, novamente superlotação no pronto-socorro da Santa Casa. Na época, o Jornal Midiamax noticiou que devido a falta de leitos, o hospital estava retendo macas dos Bombeiros.

Com a superlotação nos setores, a retenção de maca é uma consequência. Visto que, sem leitos disponíveis suficientes para atender a demanda, os pacientes precisam aguardar atendimento na maca.

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