Projeto para acabar com lixões ‘patina’ e prefeitura quer lei para cobrar limpeza de proprietário
Prefeitura prometeu aumentar ecopontos e instalar câmeras em locais críticos, mas ainda não tem balanço das ações
Priscilla Peres, Gabriel Neves –
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No dia 23 de março, a prefeitura de Campo Grande lançou a ação “Terreno Limpo, Cidade Limpa” com a promessa de instalar câmeras, abrir ecopontos e zerar os lixões clandestinos em um mês. Porém, passado um mês, a prefeitura não tem um balanço das ações realizadas.
Em entrevista ao Jornal Midiamax, a prefeita Adriane Lopes (Patriota) disse que a única câmera de monitoramento, instalada na rua Iemanjá, em frente Escola Municipal Irene Szukala, surtiu efeito e desde então não há mais acúmulo de entulho no local.
“Vimos que deu certo e vamos avançar com os pontos estratégicos”, disse a prefeita ao Jornal Midiamax, durante evento público.
Só que o anúncio feito no dia do lançamento era ampliar dos atuais cinco para 50 ecopontos e instalar câmeras em locais críticos. Além de zerar os lixões clandestinos da cidade até o fim de abril.
Até agora, a prefeitura ainda não informou quantas câmeras e em quais pontos elas serão instaladas. Também não deu prazo para concluir a ação e nem para abrir novos ecopontos.
Prefeitura prepara lei para cobrar limpeza de proprietários de terrenos
A prefeita disse ainda que prepara uma lei, onde poderá notificar proprietários de terrenos sem limpeza e, em um segundo momento, a prefeitura vai limpar o terreno e cobrar do cidadão pelo serviço.
Adriane disse ao Jornal Midiamax que pretende publicar a lei nos próximos dias. Porém, a prefeitura de Campo Grande fala dessa lei desde 2020, que nunca saiu do papel.
A lei é uma alternativa para que o município tenha acesso aos locais para que a devida limpeza seja feita e os gastos com os serviços sejam repassados aos proprietários.
O Jornal Midiamax passou mais de duas semanas insistindo com a prefeitura por um retorno sobre as ações realizadas ao longo do mês, porém sem sucesso no retorno. O espaço segue aberto para o posicionamento.
Reclamações aumentaram no começo do ano
A ação da prefeitura não é por acaso, já que as ruas de Campo Grande estão cada vez mais tomadas por lixões irregulares. Moradores denunciam o tempo todo os lixões que se formam “da noite para o dia” e obstruem até as calçadas.
Recentemente o Jornal Midiamax mostrou que tem se repetido reclamação de moradores sobre a limpeza de áreas públicas e privadas nas sete regiões da cidade. Em alguns casos, o acúmulo de lixo já dura anos e evidencia falta de manutenção e motivo para dor de cabeça em muita gente.
Além da sujeira espalhada pelas vias de Campo Grande, os itens descartados se transformam em recipientes que são prato-cheio para proliferação do mosquito-da-dengue. Apesar de Campo Grande estar com baixa incidência para a doença, Mato Grosso do Sul está em alerta, com mais de 8 mil casos confirmados em 2023.
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