Sul-mato-grossenses recebem ajuda humanitária para operação de transplante em SP e PR

Dois sul-mato-grossenses embarcaram em voos comerciais para receber transplante de órgãos e medula óssea, na sexta-feira (13) e neste sábado (14), para São Paulo e Paraná. Os moradores são os primeiros a receber a primeira ajuda voluntária do ano com apoio do Governo do Estado. O primeiro paciente é um homem de 59 anos, morador […]

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Secretaria de Estado de Saúde, no Parque dos Poderes. (Arquivo, Midiamax)

Dois sul-mato-grossenses embarcaram em voos comerciais para receber transplante de órgãos e medula óssea, na sexta-feira (13) e neste sábado (14), para São Paulo e Paraná. Os moradores são os primeiros a receber a primeira ajuda voluntária do ano com apoio do Governo do Estado.

O primeiro paciente é um homem de 59 anos, morador de Dourados, que convocado após apresentar possibilidade de fazer um transplante renal em Campo Largo, no Hospital do Rocio, no Estado do Paraná. O paciente, por meio do setor do TDF (Tratamento Fora de Domicílio), da Secretaria de Estado de Saúde, embarcou ainda na noite de ontem (13), no Aeroporto Internacional de Campo Grande.

O segundo caso é de uma paciente de 11 anos de Campo Grande. A adolescente foi convocada para fazer um transplante de medula óssea no Hospital da Criança e Maternidade de São José do Rio Preto, no Estado de São Paulo. A adolescente deve passar pelo procedimento no domingo (15).

A Secretaria de Estado de Saúde informou que em 2022 foram disponibilizadas mais de seis mil passagens, em torno de 3 mil passagens aéreas e mais de 3,1 mil passagens rodoviárias à pacientes e acompanhantes que precisaram do setor de transporte.

O TFD atende o paciente no pré-operatório e pós-operatório. A ação humanitária também conta com ajuda de aeronaves do Corpo de Bombeiros Militar e da Casa Militar.

Fila

Seguindo os critérios estabelecidos e respeitando a fila para transplantes, dez pacientes compatíveis com o órgão são convocados. No hospital são realizados diversos testes para analisar o grau de compatibilidade de cada paciente. Após os resultados, o órgão será transplantado naquele paciente que apresentar maior grau de compatibilidade e menor risco de rejeição. A volta do paciente é garantida pelo Estado.

Para ser doador de órgãos é preciso ter um diálogo franco e aberto, entre o doador e a sua família, para que manifeste de forma clara e objetiva, a sua vontade à doação. Uma vez, confirmada a morte do doador, inicia-se uma corrida contra o tempo que envolve dois clínicos diferentes para confirmar o óbito, constatações de compatibilidade e contato com a família para oferecer o direito à doação. A partir daí acontece a sorologia, retirada e implante.

Quando se trata de transplante, muitos dos órgãos precisam ser remetidos a outros locais para realização das cirurgias. O procedimento varia de acordo com a complexidade e da compatibilidade. As ações têm que acontecer de forma rápida. O transplante de um coração deve acontecer em até quatro horas. De fígado, em 12 horas. De pulmão deve ser realizado dentro de quatro horas e o de rim em até 24 horas. No caso das córneas podem ser transplantadas em até 14 dias.

Como ser doador de medula óssea

A pessoa deve ter entre 18 a 35 anos, estar com boa saúde. São retirados 5ml de sangue, como um exame de laboratório, e o doador é cadastrado no Redome (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea) do INCA (Instituto Nacional do Câncer). Seus dados genéticos são cruzados com os dos pacientes que precisam da medula.

Se der compatibilidade genética através do exame HLA, a doação pode ser realizada. Porém, para ter compatibilidade a chance no Brasil é de uma em 100 mil e com alguém de outro país de uma em 1 milhão. Se for compatível o doador é avisado e então passa por exames para constatar que está em boas condições de saúde.

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