Referência no setor, Santa Casa tenta negociar com neurocirurgiões para evitar paralisação
O hospital é referência em neurocirurgia e já chegou a ter 14 especialistas, mas atualmente o quadro é de apenas sete médicos neurocirurgiões
Priscilla Peres, Thalya Godoy –
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A Santa Casa tenta negociar com as secretarias de saúde e os médicos neurocirurgiões para evitar a paralisação de atividades do setor. O hospital é referência em neurocirurgia e já chegou a ter 14 especialistas, mas atualmente o quadro é de apenas sete médicos neurocirurgiões.
Diretor de estratégia e negócios da Santa Casa, João Carlos Marchezan, detalhou ao Jornal Midiamax que a especialidade é a melhor remunerada no hospital, com o pagamento de R$ 160 por hora de plantão, além de adicional por produção. A segunda especialidade mais bem remunerada ganha R$ 120 por hora de plantão.
A Santa Casa opera com dois profissionais em um plantão de 24 horas, isso significa que em um dia, o hospital paga 48 horas de plantão. Entre as reivindicações, os médicos pedem aumento no valor pago por hora de plantão, como forma de tornar o trabalho mais atrativo.
Além do custo para o hospital, contratar médicos neurocirurgiões não é simples. O diretor afirma que a especialidade é rara e difícil de encontrar profissionais. Por isso também que o quadro de médicos não passa dos 10. Do quadro total, três médicos aposentaram e outros dois pediram afastamento.
Especialista é fundamental e não pode parar
A Santa Casa é a única do Estado com habilitação para atendimento nessa categoria de neurocirurgia. E, para evitar que os médicos parem as atividades, a Santa Casa afirma que está em negociações.
“Eu acredito que vai resolver porque não tem como o hospital ficar cinco horas sem cirurgia sob pena de colocar a vida das pessoas em risco, não tanto pelo ambulatório e pela internação que clínica poderia conduzir, mas pela urgência e emergência”, afirma o diretor.
Marchezan afirma que o hospital vai pedir para os médicos segurarem a paralisação, enquanto eles conversam com o poder público. A Santa Casa faz entorno de 2 mil cirurgias por mês e opera principalmente serviços de alta complexidade, mas os demais atendimentos como clínicos e baixa complexidade.
Santa Casa lotada e com risco de desassistência
Desde o dia 3 de abril deste ano, a Santa Casa aponta dificuldades para atender a alta demanda e solicita apoio do poder público para desafogar os atendimentos. Na época, o hospital chegou a fechar as portas para novos pacientes.
A Santa Casa de Campo Grande comunicou a Secretaria Municipal de Saúde, o Conselho Regional de Medicina e o Ministério Público Estadual que não iria receber novos pacientes a partir do dia 3 de abril. A decisão foi tomada, segundo o hospital, em razão da superlotação da unidade em situação classificada como “extremamente crítica”.
Na quarta-feira (31), a Santa Casa de Campo Grande afirma que tem 70 pacientes internados no Pronto-socorro, distribuídos nas áreas verde e vermelha, onde a capacidade é de apenas 13 leitos. O hospital também mantém pacientes em leitos improvisados nos corredores.
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