O inverno começa oficialmente em 21 de junho, mas as baixas temperaturas já chegaram com tudo em Mato Grosso do Sul. Uma vez que a estação é propícia para a proliferação de doenças, alguns cuidados são fundamentais para a preservação da saúde, especialmente num Estado onde se registra óbitos por influenza toda semana.

Mato Grosso do Sul chegou a 43 óbitos por Influenza do início de 2023 até o momento. Desse total, 23 mortes foram ocasionadas por H1N1, 2 por influenza A não subtipada e 18 por Influenza B. Assim, Estado contabiliza 4.019 casos notificados de SRAG hospitalizados e 363 confirmados para Influenza, segundo dados do Boletim Epidemiológico divulgado pela SES-MS (Secretaria de Estado de Saúde) na quarta-feira (14).

Segundo a médica infectologista Mariana Croda, trata-se de um momento de alta circulação de vírus. “Nos adultos principalmente o vírus da influenza e ainda muito Covid. No boletim tem óbitos por influenza toda semana, então isso é muito preocupante numa cobertura vacinal por influenza tão baixa como está a do Mato Grosso do Sul. Então as pessoas não estão se atentando para isso. O melhor método de prevenção continua sendo a vacina”, pontua a especialista.

Uso de máscaras

Amplamente utilizadas na pandemia de Covid-19, as máscaras se tornaram utensílios de proteção populares a partir de 2020. Com a normalização dos casos e o decreto oficial do fim da pandemia, as máscaras aparecem em ocasiões pontuais na rotina das pessoas.

Durante passeio da equipe do Jornal Midiamax no centro de Campo Grande, poucas pessoas foram encontradas utilizando máscaras faciais. Para a estagiária Ludmila Ferreira Rios, de 23 anos, elas continuam sendo importantes.

“Eu concordo com o uso de máscara, é bom porque é mais fácil de se cuidar. A gente não sabe se é só uma gripe ou se não é. Então, em relação ao contágio, é muito bom estar utilizando a máscara. Quando eu estou ficando doente coloco, mas no geral, não”.

O estudante Samir Calaf, de 19 anos, afirma que pretende utilizar máscara durante esse frio caso apresente sintomas de gripe. “Quero usar máscara se eu ficar doente, com algum resfriado. Eu acho importante porque evita a propagação do vírus”, diz.

Também pelo centro, a equipe do Jornal Midiamax conversou com a Edilma, de 54 anos, e o seu marido, que se apresentou como Santos e tem 67 anos. Ambos estavam de máscara e afirmaram que sempre buscam se proteger, especialmente no frio quando o contágio por vírus costuma aumentar.

Uso de máscara
Casal utiliza máscara quando sai de casa (Foto: Nathália Rabelo/Jornal Midiamax)

“É mais seguro ficar com máscara para prevenir”, diz Edilma.

“Semana passada escutei na televisão que ainda tem Covid, então tem que se prevenir na rua, nas lojas, no ônibus. Primeiro lugar é a nossa saúde, ainda mais na minha idade”, diz o homem.

É justamente esse cuidado orientado por Croda. Segundo a médica, pessoas com comorbidades ou grupos de risco – como imunodeprimidos, idosos ou pessoas com doenças crônicas – devem utilizar máscaras quando saírem de casa, não conseguirem fazer o distanciamento social adequado ou em locais fechados. Além disso, todas as pessoas devem ficar atentas caso surjam sintomas de gripe.

“O mais importante que as pessoas esquecem é que pessoas sintomáticas, com nariz escorrendo, tosse, febre, gripe, devem utilizar as máscaras para sair e evitar a contaminação de outras pessoas”, pontua a infectologista.

Etiqueta Respiratória

Além disso, medidas simples da Etiqueta Respiratória ajudam a minimizar a transmissão de doenças infecciosas. Crianças e adultos com sintomas respiratórios, como tosse, coriza e congestão nasal, devem seguir essas recomendações: