Falhas no transporte escolar deixam estudantes de assentamento de Nioaque dias seguidos sem aula
Prefeito diz desconhecer situação
Clayton Neves –
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Estudantes que moram na área rural de Nioaque acumulam dias sem assistir aulas por repetidas falhas que, segundo moradores, têm o sistema de transporte escolar da cidade. De acordo com quem vive na região, é comum crianças perderem aulas por não conseguir chegar até a escola.
Lourdes Karen é mãe de duas alunas do primeiro e sexto ano da rede e desde janeiro mora no Assentamento Palmeira, a cerca de 30 quilômetros da escola mais próxima, Segundo ela, problemas com o transporte se repetem desde o início do ano letivo.
“No começo, chovia e ninguém passava nas estradas. Depois, os ônibus começaram a quebrar, ficavam parados, pneu estourava e viviam estragando por falta de manutenção básica. Já fomos a escola e a entrou em contato com a secretária de educação, mas nada foi feito. Precisamos da ajuda para resolver essa situação o mais rápido possível.”, detalha.
Segundo ela, nos dias em que o ônibus escolar não circula, moradores sequer recebem comunicado prévio e são obrigados a acordar cedo para esperar pelo veículo, que não chega.
“Eu acordo minhas filhas 4h30 porque o ônibus passa 5h10. Hoje mesmo ficamos prontas, mas deu a hora e não veio. Liguei para o diretor e ele disse que também não sabia, mandei mensagem em um grupo e ninguém soube dizer o que aconteceu”, completa.
Nos dias em que o ônibus aparece, a dificuldade é a falta de refrigeração. “Durante essa onda de calor, as crianças chegam passando mal porque o ônibus não tem um ar condicionado, nem menos um insulfilme para amenizar o sol”, comenta.
Sem conforto e com as faltas recorrentes das filhas , Lourdes diz sentir receio pelo aprendizado das crianças. ”Nas últimas três semanas o ônibus ficou sem vir pelo menos um dia na semana. Alguns professores mandam texto, mas não é a mesma coisa que assistir a aula. Estamos no período de provas e fico preocupada em como elas vão se sair”, finaliza.
Ao Jornal Midiamax, o prefeito de Nioaque, Valdir Couto de Souza Júnior, disse
a cidade tem 12 assentamentos, quatro aldeias indígenas, além de comunidades quilombolas. Segundo ele, 30 linhas de ônibus são disponibilizadas por 200 dias letivos. O prefeito disse desconhecer a falta recorrente do transporte nos assentamentos
“Não tenho essa informação, não chegou para mim essa reclamação. São mais de 30 linhas e se alguma apresentou esse problema, vou pedir para que seja verificado”, declarou.
Sobre a falta de refrigeração dos ônibus, Valdir disse que “o calor excessivo não está somente em Mato Grosso do Sul” e que recentemente os termômetros de Nioaque atingiram 43°C. Conforme o prefeito, os ônibus foram recebidos do Governo Federal e são utilizados conforme o padrão de entrega, sem ar. “Não temos um meio de transporte coletivo e sim de transporte escolar”, pontuou.
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