Em fiscalização na última sexta-feira (24), o Coren/MS (Conselho Regional de de Mato Grosso do Sul) flagrou 91 pacientes que aguardavam leito no Hospital Regional, em Campo Grande.

A ação teve apoio do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul e também encontrou corredores lotados, nos setores azul, verde e vermelho. Além disso, a equipe encontrou problemas estruturais como infiltrações em paredes, ar-condicionado quebrado e falta de equipamentos na pediatria.

Para o Coren/MS, a situação ocorre em consequência a fatores como déficit de profissional, sobrecarga de serviço e baixa remuneração. O Conselho afirma que acompanha o risco à assistência prestada ao paciente do hospital, já que há contrato temporário para enfermeiro em e sem previsão de realização de novos concursos ou convocação.

O quadro dimensional aponta a necessidade de 124 ao hospital, isso representa a contratação de mais 64 profissionais. Além de contratações de técnicos e auxiliares de enfermagem.

Fiscalização em conjunta

A equipe de fiscalização do Coren-MS verificou escala de serviço de enfermagem, taxa de ocupação de leitos, classificação dos pacientes, número de leitos no Pronto Atendimento Médico (PAM), áreas vermelha, azul e verde, e pediatria. Foi constatado ainda falta de insumos e de até medicamentos.

Trata-se do procedimento administrativo instaurado de acompanhar medidas adotadas pelo Hospital Regional de MS para aumentar o número de enfermeiros e técnicos em enfermagem na instituição, considerando o déficit apontado pelo Coren-MS.

“O Hospital Regional tem hoje um contingente que não consegue atender a demanda. Os profissionais têm feito escolhas de cuidar da higiene ou da medicação”, denuncia o presidente do Coren-MS, Dr. Sebastião Duarte.

Relatório da vistoria será encaminhado para o Ministério Público Estadual e para autoridades de saúde. Toda fiscalização foi acompanhada pelo assessor técnico pericial do MPMS.