Com mosca e larva na comida, UFMS nega problemas e afirma que RU opera com alvará sanitário

Terceirizada foi contratada por quase R$ 1,8 milhão para vender comida aos universitários

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
ufms bandejão RU
Restaurante Universitário da UFMS (Foto: Arquivo/ Jornal Midiamax)

Mesmo com as reclamações frequentes de estudantes da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) sobre a qualidade da comida servida no Restaurante Universitário, em Campo Grande, a universidade nega irregularidades e afirma que a empresa terceirizada que presta o serviço segue “as normas estabelecidas no Termo de Referência”.

A empresa terceirizada que administra o restaurante foi contratada por R$ 1.796.520,00 e serve refeições que custam até R$ 15 aos estudantes.

Porém, a qualidade da comida é constantemente alvo de reclamações, diante da falta de proteína e até mesmo de insetos mortos encontrados na comida como larvas e moscas.

No caso da carne servida, que deve ser de 140 gramas por prato, os universitários comprovam por fotos divulgadas nas redes sociais que vem queimada ou até mesmo vermelha, mostrando a falta de cozimento.

Fotos divulgadas nas redes sociais sobre a comida servida no R.U. (Foto: Reprodução Redes Sociais)

Em nota, a UFMS afirma que a terceirizada “administra a oferta de alimentação no RU diretamente, de acordo com a demanda”.

Além disso, pontua que a empresa opera com nutricionistas e tem todos os alvarás sanitários e de funcionamento.

“Os serviços são monitorados e, em qualquer eventual desafio, a empresa é notificada e presta contas à Universidade”, afirmou.

A reportagem perguntou à UFMS se está prevista alguma eventual penalidade à terceirizada, já que não é a primeira vez que são alvos de reclamações, mas não obteve detalhes.

Qualidade da comida é questionada

Frequentemente os estudantes da UFMS fazem publicações nas redes sociais para reclamar das refeições servidas no R.U.

Em uma postagem no perfil @UFMS_Segredos, um usuário mostra uma larva encontrada no alface.

“Você não está vendo que é para complementar as 140 gramas de proteína?”, ironiza uma pessoa, já que os alunos também reclamam da falta de carne, como mostrado no dia 16 de março pelo Midiamax.

Outro usuário diz que “o problema é comer olhando para a comida”.

Valor por refeição triplicou

No início de 2022, aumento que deixou o valor do prato feito três vezes mais caro revoltou alunos e gerou onda de protestos na UFMS. De R$ 4,50, o preço cobrado foi para R$ 15. A instituição afirmou na época que apenas 20% dos alunos pagam esse valor.

“O preço das refeições dos restaurantes universitários da UFMS é de apenas R$ 3,00 aos mais de 80% dos quase 25.000 estudantes da UFMS, que se autodeclararam em situação de vulnerabilidade econômica, com renda per capita familiar de até 1,5 salário mínimo”, diz o texto.

Em Mato Grosso do Sul, estudantes em situação de vulnerabilidade só pagam 1/5 dos R$ 15 por conta de um subsídio pago pela UFMS com recursos do PNAES (Plano Nacional da Assistência Estudantil), do Ministério da Educação.

  • Valores (Almoço e Jantar):
  • Estudante vulnerável: R$ 3,00.
  • Estudante não vulnerável: R$ 15,01.
  • Pós-graduando vulnerável: R$ 10,00.
  • Pós-graduando não vulnerável: R$ 15,01.
  • Valor comunidade externa/servidor/colaborador: R$ 15,01.

*Editada às 16h47 do dia 16/08/2023. A retratação sobre a informação erroneamente publicada está disponível neste link.

Conteúdos relacionados

grávida
corumbá