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Transparência

Alvo de operação da PF por desvios na merenda durante gestão Reinaldo é citado em fraude milionária no RJ

Investigação apontou que Marcelo Américo dos Reis seria 'laranja' em organização acusada por superfaturamento
Gabriel Maymone -
Empresário Marcelo Américo dos Reis é um dos alvos da Operação Vox Vertratis, em MS (Reprodução)

Apontado pelas investigações como um dos principais operadores de parte dos desvios milionários na SED-MS (Secretaria de Educação de ), que incluíam até merenda escolar, o empresário Marcelo Américo dos Reis foi citado em denúncia do Gaecc-RJ (Grupo de Atuação Especializada no Combate à ), em 2018, em esquema que desviou R$ 44,7 milhões do Estado do .

Vale ressaltar que Marcelo não consta dentre os denunciados. No total, 26 pessoas são denunciadas pela corrupção envolvendo uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público chamada Iniciativa Primus, que fornecia refeições ao sistema prisional daquele estado, num contrato de R$ 76 milhões, que seria superfaturado, segundo o Gaecc.

No entanto, conforme as investigações do Gaecc, Marcelo assume a vice-diretoria da OSCIP, em 2010, pela proximidade que tinha com o empresário Felipe Paiva, apontado como verdadeiro dono da organização. Paiva tinha uma empresa chamada Induspan, que já prestava o mesmo serviço, mas entrou na mira do TCE-RJ, que obrigou a suspensão do contrato.

A denúncia aponta ainda que Marcelo possuía sociedade com um homem que seria ‘laranja’ de Felipe Paiva em outro negócio. O laranja seria um ex-funcionário da Induspan.

Além disso, as esposas de Marcelo e Felipe são sócias num outro negócio.

Diante desses levantamentos, o Gaecc do Rio de Janeiro concluiu que Felipe Paiva indicou Marcelo para integrar a OSCIP, junto com outras pessoas de sua confiança, para tocar o esquema.

Denúncia diz que Felipe Paiva indicava amigos para diretoria da OSCIP (Reprodução)

Por fim, o Gaecc-RJ conclui que houve direcionamento de licitação para a Iniciativa Primus ganhar o contrato milionário, com indícios de superfaturamento.

Na época, reportagem do O Globo esteve no endereço que seria da iniciativa e não encontrou nenhuma referência à OSCIP no local. Além disso, o telefone cadastrado era de um consultório dentário.

A reportagem acionou contatos oficiais cadastrados junto à Receita Federal ligados a Marcelo, mas não obteve resposta até esta publicação. O espaço segue aberto para posicionamento.

A Secretaria de Administração Penitenciária informou que rompeu unilateralmente o contrato com a Iniciativa Primus.

Organograma de como funcionava esquema; Marcelo era sócio de Wedson, ‘laranja’ de Felipe Paiva (Reprodução, TV Globo)

Alvo de operação em MS

A casa do empresário Marcelo Américo dos Reis, no Rio de Janeiro, foi um dos alvos da Operação ‘Vox Veritatis’. No local, a PF apreendeu R$ 146,8 mil em bolos de dinheiro.

O empresário, principal alvo da operação, mora em apartamento do bairro de Ipanema, em que imóveis de luxo podem chegar a R$ 3 milhões. Além disso, ele mantém empresas em Mato Grosso do Sul e no Rio de Janeiro, onde atua no ramo dos calçados masculinos — com diversas lojas na Zona Sul.

Durante esta manhã, a PF e Receita Federal estiveram no apartamento cumprindo um mandado de busca e apreensão. Não há informação se Marcelo, que é irmão de um empresário do ramo da comunicação em Campo Grande, estava em casa.

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Polícia Federal na casa do empresário (Divulgação, Receita Federal)

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Operação Vox Veritatis

Nesta quarta (21), a PF cumpriu oito mandados de busca e apreensão na Capital e um mandado no Rio de Janeiro. A operação Vox Veritatis é para apurar suspeitas de fraudes milionárias em contratos da SED.

A ofensiva é desdobramento das operações “Mineração de Ouro” e “Terceirização de Ouro”, que também investigaram desvios de recursos públicos federais no Estado. Em , a polícia ainda apreendeu R$ 363 mil dentro de cofre em um apartamento vazio, em prédio de luxo.

Segundo a investigação, empresários, em parceria com servidores da SED, manipulavam o processo de adesão a atas de registro de preços de outros órgãos públicos. Os contratos, fechados com sobrepreço, garantiam o repasse de comissões de 5% sobre o valor negociado aos intermediários do esquema. Essa comissão era então dividida com os servidores públicos envolvidos.

Os responsáveis poderão responder pelos crimes de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro, além de outros crimes em licitações e contratos. 

Confira a lista dos alvos:

  • Édio Antônio Resende de Castro – Ex-secretário-adjunto da SED
  • Andrea Cristina Souza Lima – ex-coordenadora de licitações e contratos da SED
  • Marcelo Américo dos Reis – empresário, sócio da Hex Marketing (CNPJ 37.379.224/0001-66)
  • Elimar Pereira dos Santos – empresário, sócio da Pro-Info Energia (CNPJ 15.911.324/0001-59)
  • Leonardo Primo de Araújo – empresário, sócio da Comercial L&L (CNPJ 10.851.460/0001-87)

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