A prefeitura de publicou decreto no Diogrande desta terça-feira (23) que proíbe o corte de árvore histórica, da espécie Jequitibá (Carinianna Estrellensis), localizada no interior da Praça Ary Coelho.

Assim, decisão levou em conta vários pontos, como a relevância da arborização urbana na qualidade de vida das pessoas, o PDAU (Plano Diretor de Arborização Urbana) e a relevância da árvore devido ao seu contexto histórico, cultural e ecológico.

Assim, a árvore Jequitibá, da espécie Carinianna Estrellensis, localizada na Praça Ary Coelho, fica imune ao corte. A árvore receberá placa declarando sua imunidade, com dados informativos sobre sua relevância e especial proteção.

Portanto, ficam impostas à árvore as restrições necessárias com o objetivo de preservar a sua espécie florestal, cultural, paisagística e ambiental. O Poder Executivo Municipal, por meio dos órgãos competentes, realizará a identificação e a periódica da árvore tombada, bem como o manejo nos termos da legislação municipal em vigor.

Proibições

É vedado o corte, a poda, derrubada ou qualquer ação ou intervenção que possa provocar danos, alterações ou morte da árvore, ressalvados os casos previstos em lei, mediante laudo técnico específico expedido pelo órgão ambiental competente que autorize a ação ou intervenção na árvore objeto deste decreto.

Portanto, obras ou intervenções na área deverão ser precedidas de análise e aprovação pelo órgão ambiental municipal, tendo em vista a preservação da árvore.

Árvore completou 100 anos em 2022

No dia 7 de setembro de 1922, o Brasil comemorava o primeiro século da Independência. Naquela data o então Intendente de Campo Grande, Arlindo Gomes de Andrade, plantou dois jequitibás (Carinianna estrellensis) na então Praça Ary Coelho, que ele próprio buscou na mata nativa. No entanto, apenas um exemplar cresceu e frondejou, ofertando inúmeros benefícios à população, em especial às crianças que desfrutam do parquinho infantil da praça à sombra do jequitibá.

Dessa forma, a árvore completou 100 anos em 7 de setembro de 2022. Em agosto do mesmo ano, a (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) realizou vistoria e verificou que árvore não oferece risco e encontra-se em ótima condição fitossanitária. Desta forma, este exemplar carrega consigo muito mais que valores paisagísticos, tratando-se de uma árvore histórica para a cidade, plantada pelo então Intendente de Campo Grande, conforme registrado por meio de um texto de autoria de Ulisses Serra, publicado no O Município de Campo Grande em 1922, integrante da Série Memória Sul-mato-grossense, volume XXVIII.

“Este exemplar apresenta um valor patrimonial elevado, contendo ligação direta com a história e cultura campo-grandense”, destacou o então secretário municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana, Luís Eduardo Costa, no ano passado.

Para Gisseli Giraldelli, auditora fiscal de Meio Ambiente da Semadur e responsável pela recomendação técnica, “essa árvore tem uma história encantadora, sobreviveu a grandes adversidades e se recuperou bravamente dos danos que sofreu, se configurando como um símbolo de resistência e resiliência da arborização da nossa cidade”.