João Francisco de Carvalho, de 66 anos, conviveu por nove anos com a mesma prótese para mobilidade, feita de espuma cosmética e encaixe em fibra de vidro, considerada a mais dura, antiga e desconfortável para pacientes com amputação na perna. A realidade muda após ele viajar 225 km de Dourados a Campo Grande para doação de uma prótese ortopédica.
A história foi compartilhada pela CER/Apae (Centro Especializado em Reabilitação da APAE de Campo Grande), nesta terça-feira (26). João recebeu orientação de uma funcionária da Defensoria Pública para ter atendimento na associação.
Foram duas idas à Apae, para avaliações e consultas. A associação informou que a prótese foi feita com a técnica Direct Socket, que permite otimização do tempo de medidas e entregas, durabilidade, leveza e a minimização da vinda do paciente. “Quando me disseram que fariam a prótese e eu retiraria no mesmo dia, até duvidei, pois, uso desde o ano de 1979 e nunca aconteceu isso”.
“Seu João chegou com amputação de nível transtibial lado esquerdo. O mesmo já fazia uso de uma prótese apresentando desgaste devido ao longo tempo de uso, onde o mesmo usava várias meias para melhorar a suspensão de sua prótese (não realizada pela APAE/CG), que machucava muito e dificultava o seu uso no dia a dia”, finaliza o técnico ortopédico, Dorival Daikon Villalta.