Vivendo popularidade com novela Pantanal e 6 mil visitas por dia, Mercadão comemora 64 anos

De supermercado dos campo-grandenses a ponto turístico, Mercadão Municipal recebe diariamente 6 mil pessoas

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Mercadão Municipal de Campo Grande (Foto: Henrique Arakaki/ Midiamax)

Ponto turístico na capital sul-mato-grossense e destino certo para quem passa pelo Centro e quer comprar um pastel, erva de tereré ou peixe, o Mercado Municipal Antônio Valente, ou simplesmente Mercadão Municipal de Campo Grande completa 64 anos nesta sexta-feira (30). Construído em 1958, o prédio vive popularidade com turistas que vêm de fora no embalo da novela ‘Pantanal’.

A inauguração do Mercadão aconteceu em 30 de setembro de 1958 e reuniu diversas pessoas que promoveram um baile de abertura. Na ocasião, conforme Daniel Amaral, do setor administrativo do Mercadão Municipal, duas bandas se posicionaram em cada lado do prédio para animar os participantes. Desde então, integra um dos principais pontos turísticos da cidade.

O prédio foi construído em um terreno doado por Antônio Valente, nome dado ao mercado municipal. Antônio trabalhava na antiga estrada de ferro e doou para a prefeitura a área que hoje contempla 144 bancas e 77 box de produtos aos consumidores.

Daniel também pontua que o Mercadão Municipal tem recebido, em média, 6 mil pessoas diariamente. “Temos o controle feito pelo estacionamento. Hoje é um dos principais pontos turísticos da cidade, a novela Pantanal abriu a curiosidade das pessoas para conhecer o Mercadão Municipal”, disse.

Luan Santana e Jair Bolsonaro causaram alvoroço no Mercadão Municipal de Campo Grande – (Fotos: Reprodução)

Famosos ‘arriscam sossego’ para ir ao Mercadão

Do cantor Luan Santana ao presidente Jair Bolsonaro, são algumas das figuras populares que pisaram no Mercadão mais recentemente e movimentaram a cidade com suas visitas relâmpago e de surpresa. Mas não é de hoje que o popular centro comercial da Capital é visitado por estrelas nacionais.

Braga Netto comeu pastel com a equipe no Mercadão e andou pelo Centro (Henrique Arakaki/Midiamax)

Recentemente o candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), Walter Braga Netto (PL), visitou no dia 21 de setembro o Mercadão Municipal. Entre lanches, a equipe do político gastou R$ 95 com pastéis (R$ 25 cada de carne com ovo), R$ 8 em um refrigerante de chá-mate. 

Comumente, algum famoso dá as caras no estabelecimento, seja do mundo sertanejo, do meio político ou do universo das celebridades, arriscando o próprio “sossego” no meio da multidão.

Daniel Amaral, do setor administrativo do Mercadão Municipal, responde à pergunta. “Eu acho que esse tema Pantanal [a novela], essa movimentação, está mostrando mais o nosso Estado. E aí eles vêm… como o Mercadão é um ponto turístico muito atrativo, creio que isso tem influenciado”, diz ele ao Jornal Midiamax.

Por ser um espaço bem popular, o Mercadão mostra que o artista não tem “medo” do povão. “Nós temos uma média de quase 6 mil pessoas por dia passando por lá. Quando você fica sabendo, o artista já veio. E tem vezes que você nem fica sabendo”, conta.

“Esses tempos passou a equipe do Ratinho, a Pavorô, todo aquele pessoal lá. Mas foi coisa rápida, entraram, deram uma passada, e ninguém fica sabendo, só depois”, completa Daniel, que separou para a reportagem uma pequena lista das últimas figuras conhecidas que estiveram no centro comercial e que ele se lembra:

  • Jair Bolsonaro
  • Luan Santana
  • Paulinho Gogó
  • Milene Pavorô
  • Lívia Andrade
  • Matheus Ceará
  • Rapadura de “A Praça é Nossa”
  • Cabrito Teves
  • Jogador Souza do São Paulo
  • Murilo do Ratinho

História

Foto: Reprodução/Acervo Arca/Jornal Correio do Estado

Foto: Reprodução/Acervo Arca/Jornal Correio do Estado
Foto: Reprodução/Acervo Arca/Jornal Correio do Estado

Conforme acervo do Arca (Arquivo Histórico de Campo Grande), a estrutura abrigou todos os feirantes – em sua maioria, imigrantes japoneses – que comercializavam produtos no terreno em frente ao Colégio Oswaldo Cruz doado pelo português, radicado em Campo Grande, Antônio Valente. Ele era trabalhador da empresa construtora da Noroeste do Brasil e veio ao Mato Grosso em 1914 como condutor de autolinhas.

No dia 2 de agosto de 1966, acontece um incêndio no Mercado Municipal, deixando “100 milhões de cruzeiros” de prejuízo. O fato, que aconteceu de madrugada e não deixou feridos, foi noticiado pelo jornal O Matogrossense.

#CG119: histórias e personagens do Mercadão Municipal, que completa 60 anos
Foto: Reprodução/Acervo Arca/Jornal O Matogrossense

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