Entre Mercadão e Centro, Braga Netto gasta R$ 95 em lanches e cumprimenta comerciantes
Candidato a vice na chapa de Bolsonaro cumpriu agenda em Campo Grande
Anna Gomes, Evelin Cáceres –
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Candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), Walter Braga Netto (PL) visitou na manhã desta quarta-feira (21) o Mercadão Municipal de Campo Grande e fez uma caminhada pelo Centro, na Rua 14 de Julho. Entre lanches, a equipe gastou R$ 95 com pastéis (R$ 25 cada de carne com ovo), R$ 8 em um refrigerante de chá-mate. O companheiro de chapa do candidato à reeleição chegou na terça-feira (20) a Mato Grosso do Sul.
O general estava acompanhado da candidata ao Senado Federal pelo PP, Tereza Cristina; do candidato do PRTB ao governo de Mato Grosso do Sul, Capitão Contar; e de candidatos bolsonaristas e apoiadores na caminhada. Na Rua 14 de Julho, apoiadores pediram buzinaço para quem apoiava o presidente, mas receberam um ‘L’ em resposta.
Braga Netto pousou com comerciantes e os cumprimentou, sentou para engraxar o sapato, mas não o fez. Tomou mais quatro cafés no Centro (R$ 3 cada) com a equipe e disse que a ideia era contar o plano de governo do candidato Bolsonaro à população, ‘que nem sempre é publicado’, segundo Braga Netto.
Sobre as eleições, o general ainda comentou que acredita no ‘datapovo’, com Bolsonaro eleito no primeiro turno, apesar da caminhada não ter causado tumulto no trânsito.
Mercadão
Mais cedo, o general da reserva do Exército visitou boxes e cumprimentou clientes e comerciantes. Ele parou em uma lanchonete, onde comeu pastel.
Braga Netto disse que o objetivo da agenda é apresentar o plano de governo e as realizações do governo Bolsonaro. “Estou feliz em estar aqui [em Mato Grosso do Sul]. Morei aqui por um ano, em 2010”, afirmou, em referência à sua passagem pelo CMO (Comando Militar do Oeste).
A equipe de campanha havia cancelado a princípio a caminhada na Rua 14 de Julho devido à chuva, mas o evento será realizado após o clima melhorar.
Braga Netto se recusa a comentar decisão do STF
Questionado sobre a decisão do plenário do STF (Supremo Tribunal Federal), que manteve liminar que suspendeu parte da eficácia de decretos que flexibilizaram a posse de armas, o candidato se recusou a comentar. “Não falo sobre decisão judicial”, limitou-se a dizer.
O STF formou ontem maioria para confirmar a decisão do ministro Edson Fachin que suspendeu trechos de decretos editados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para flexibilizar o acesso da população civil a armas e munições.
O julgamento está em curso no plenário virtual. A plataforma permite que cada ministro registre seu voto no sistema online sem necessidade de reunião do colegiado. A votação termina hoje.
Até o momento, Fachin foi acompanhado pelos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber e Cármen Lúcia. A decisão foi provisória para impedir o armamento da população no período eleitoral. O STF pode revisitar o tema depois das eleições.
Por enquanto, só o ministro Kassio Nunes Marques divergiu. Ele disse que os cidadãos devem ter o “direito de se defender de modo adequado”. “Não vejo como retirar do cidadão a capacidade de autodefesa consistente em lhe garantir a aquisição e posse de arma de fogo para esse fim”, argumentou.
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