Olha a chuva: confira manutenções que podem evitar imprevistos antes de temporais em Campo Grande

Goteiras, transbordamentos e até desabamento do forro podem acontecer por conta de negligência

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Mato Grosso do Sul está quase no fim do verão — em uma época marcada por muitas chuvas na região (de novembro a abril) — e neste período é comum que ocorram problemas estruturais nas residências por conta da falta de limpeza e manutenção, gerando altos gastos e dor de cabeça, além de oferecer riscos à integridade do morador. 

Conforme a arquiteta Patrícia Fortti, a manutenção de forma preventiva é importante para evitar imprevistos e dores de cabeça. Nesse quesito, os itens que necessitam de atenção são telhas, calhas, estruturas, encanamentos, caixas de gordura, etc. A prevenção deve ser realizada pelo menos a cada seis meses, segundo a profissional. 

“O importante também é atentar-se aos sinais, goteiras, passagem ou vazamento de luz, vento, poeira excessiva. Essas coisas podem indicar aberturas”, explica. Observar esses indícios pode impedir eventuais problemas, afinal, nenhuma casa está livre de sofrer danos. 

Atenção redobrada

Para os encanamentos e caixas de gordura, a profissional atenta para que haja atenção redobrada nos períodos chuvosos, pois são responsáveis pelo correto escoamento. “Um cano danificado como o duto da calha, que inclusive pode estar embutido na parede ou escondido em uma mucheta, traz os mesmos riscos de uma cobertura em mau estado de conservação, vazamentos, causa danos a outros dispositivos e infiltrações”, ressalta.

Sobre as caixas de gorduras, que retêm óleos e graxas, o entupimento ou trincado podem causar problemas como transbordamento. “As chuvas intensas podem sobrecarregar a drenagem e escoamento da rede”, diz. 

Instalação da caixa de gordura. (Foto: Fossatrat)

 

Telhas e coberturas

Patrícia faz um alerta para a instalação das telhas, por conta de deslocamentos e posições devido a ventos. “Deve-se estar atento à situação das telhas tanto na avaliação do estado do material a fim de verificar se há rachaduras, quebras, perda ou ressecamento da borracha de vedação dos parafusos de fixação se houver”, explica ao Jornal Midiamax.

Sobre a impermeabilização, a necessidade “alarmante” do procedimento nas telhas é que os itens se tornaram mais frágeis, ressecando e fissurando com mais facilidade. “Para coberturas tipo laje, a impermeabilização é obrigatória e megaimportante, podendo jamais, não realizá-la. Atentar-se também para com o decorrer do tempo, trincas e rachaduras que deformam a mesma devido à dilatação, sendo um risco iminente de até desabamento”, alertou a profissional.

Esse problema trouxe muita dor de cabeça e dor ‘no bolso’ da professora Enilda Matos, de 49 anos. Uma falha no telhado de um dos quartos da sua residência fez com que todo o cômodo tivesse que ser reformado, há 7 anos. “A laje começou a escurecer nas beiradas e a tinta descolar; ficar com bolhas. Era água da chuva que entrava pelo telhado”, relata à reportagem. 

Já quando o assunto é estrutura da cobertura, Patrícia explica que pela ação do tempo elas se degradam. “Em períodos chuvosos, pode deteriorar-se ainda mais caso a camada protetora do material esteja em mau estado. Como o apodrecimento das madeiras. Atentar-se para os insetos também, como cupins. Em estruturas metálicas, há a corrosão quando exposta à água sem que haja correta proteção”, cita.

Foto: Reprodução

 

Limpeza

De acordo com a profissional, a limpeza é fator determinante quando há calhas. “Uma vez obstruída, pode-se gerar prejuízos significativos, pois o escoamento quando impedido, gera transbordamento e consequente sobrepeso, vindo a ceder a calha, na área interna da construção causando alagamento, prejudicando o forro e podendo até cedê-lo”, exemplifica.

Em Campo Grande, o serviço de manutenção preventiva pode ser encontrado em empresas de serviços gerais, entre R$ 100 e R$ 200 a vistoria. Caso problemas sejam detectados, o valor da assistência fica mais alto. 

Conteúdos relacionados