O Governo de divulgou, nesta segunda-feira (23), uma novidade sobre a funcionalidade do Bioparque Pantanal, ou Aquário do Pantanal. O manejo de peixes dos tanques poderá ajudar no repovoamento de espécies ameaçadas de extinção em algumas regiões do Estado.

Segundo o biólogo coordenador do Laboratório de Ictiologia do (Instituto de de Mato Grosso do Sul) e curador do complexo, Heriberto Gimenes Júnior, se as matrizes de uma espécie rara está reproduzindo filhotes, o animal pode fazer o repovoamento de áreas impactadas.

“Se existe alguma espécie ameaçada de extinção, algum rio que está sofrendo impacto e que possa prejudicar a existência de algum animal, o aquário serve como um auxílio no sentido de reprodução. Nosso objetivo é estudar como é o comportamento, como é a parte reprodutiva e com isso criar políticas de conservação para a preservação de uma referida espécie potencial ameaçada de extinção”, destacou.

Segundo o biólogo, duas espécies que estão no Bioparque se enquadram numa categoria ameaçada de desaparecer, o Tetra de Cauda Vermelha e o Cascudo-viola. Ambos se reproduziram no complexo, sendo que o primeiro foi descoberto recentemente no Rio Correntes, entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Aquário do Pantanal
Manejo de espécie no Aquário. (Foto: Bruno Rezende/Governo de MS)

Espécies raras no Aquário

“Ele veio de um rio em que o entorno dele, basicamente é tomado pela agropecuária, tem agrotóxico, com as chuvas esse agrotóxico entra dentro do sistema e isso pode futuramente causar um grande impacto nos peixes desse lugar. Com essa espécie inédita aqui dentro do Bioparque reproduzindo, iremos entender seus hábitos e trabalhar na sua conservação”, pontua.

O Bioparque é considerado referência mundial por ser o maior aquário de água doce do mundo e, apesar de ser destaque no turismo, um de seus pilares é a conservação de espécies.