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Cotidiano

‘Maria fumaça’ do Consórcio Guaicurus viraliza poluindo Centro de Campo Grande

Frota de ônibus do Consórcio Guaicurus não é renovada há 4 anos
Diego Alves, Aliny Mary Dias -
Consórcio Guaicurus
Ônibus do Consórcio Guaicurus, da linha 302, na Avenida Afonso Pena (Foto: Reprodução)

A precariedade dos ônibus do revoltou mais uma vez passageiros de na noite desta quinta-feira (11). Vídeo que viralizou nas redes sociais mostra um coletivo soltando muita fumaça na Avenida Afonso Pena, a principal da Capital.

Conforme o vídeo, o ônibus fazia a linha 302 – Caiobá – Terminal . O flagrante aconteceu na Avenida Dr. João Rosa Pires, região do Bairro , em Campo Grande.

Entre os passageiros, o sentimento foi de revolta: “Esse motorista está colocando a vida dele em risco, e se ele fica intoxicado”, diz uma mulher durante o vídeo.

Confira o vídeo abaixo:

Frota sem renovação desde 2018

Mesmo com incentivos fiscais e incremento de quase R$ 2 milhões por mês nos repasses mensais, o Consórcio Guaicurus não tem previsão de renovar a frota de ônibus que circulam em Campo Grande.

Em fevereiro, o grupo de empresários que explora o transporte coletivo da Capital informou que não havia nenhuma estimativa para que novos ônibus sejam adquiridos, mantendo-se, então, os que já estão nas ruas.

Jornal Midiamax recebe diariamente de passageiros sobre o transporte coletivo, que vão de atrasos a falta de estrutura e manutenção dos veículos — que descumpre item previsto no contrato de concessão.

Na última entrega de veículos, em setembro de 2018, havia a expectativa de que todos seriam equipados com ar-condicionado, no entanto, os veículos entregues foram todos convencionais e sem os aparelhos — o que frustrou os passageiros.

Vale lembrar que o transporte público de Campo Grande dispõe de 14 veículos convencionais com ar-condicionado, porém, todos estão sem circular com o equipamento ligado desde 2020 devido à pandemia. Assim como os ‘fresquinhos’ executivos, que nunca mais foram vistos nas ruas da Capital.

Repasse mensal teve acréscimo de R$ 2 milhões

greve Ônibus não saíram da garagem por conta da greve desta terça. Foto: Henrique Arakaki
No final de junho, motoristas do Consórcio Guaicurus entraram em greve (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

No mês de junho, em meio à greve de 24 horas de motoristas de ônibus por atraso no recebimento do vale e pressão do Consórcio para aumento dos valores recebidos dos passageiros e poder público, os empresários reforçaram que prejuízos financeiros durante a pandemia contribuíram para um quase “colapso” no transporte coletivo da Capital.

Em reunião no dia 29 de junho, prefeitura e Governo do Estado fecharam acordo para que o Consórcio recebesse R$ 2 milhões a mais por mês. O valor diz respeito a custeio de gratuidade de passe de ônibus para estudantes, idosos e portadores de necessidades especiais.

Além do montante arrecadado com a tarifa paga pelos usuários, o Consórcio Guaicurus recebe, desde julho, mensalmente aporte de R$ 1 milhão da prefeitura de Campo Grande e mais R$ 1,2 milhão do Governo do Estado.

Julgamento pode anular concessão do ônibus

Começou no dia 28 de junho, julgamento que pode anular a concessão do Consórcio Guaicurus. O processo está em fase de alegações finais após oitiva de testemunhas.

O julgamento deu início ao desfecho de um processo de investigação iniciado em 2019 pelo MPMS (Ministério Público Estadual) e que chegou ao Judiciário em setembro de 2020, em forma de ação civil pública.

No processo, o MPMS elencou uma série de irregularidades identificadas durante a investigação e que, na visão da 30ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, são suficientes para anulação do contrato.

  • apresentação de garantia de proposta das empresas concorrentes antes da sessão pública de abertura dos envelopes com as propostas;
  • determinação do município de que empresa vencedora pagasse R$ 5,5 milhões ao município em 180 dias;
  • ausência de justificativa técnica da empresa vencedora sobre exigências de frota e serviço;
  • modelo da licitação no formato melhor técnica e preço que reduziu a competitividade do certame;
  • ausência de parecer técnico que justificasse a composição do valor da outorga estabelecido em 70% “técnica” e 30% “preço”;
  • irregularidade do município em cobrar R$ 3 mil das empresas concorrentes para retirar cópia de documentação física referente ao edital de concorrência.

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