Com a revitalização da antiga rodoviária de Campo Grande, que vai abrigar órgãos municipais, entre eles a Guarda Civil Metropolitana, uma das hipóteses levantadas pela Prefeitura é que com o aumento no fluxo de pessoas, moradores de rua e usuários de droga que vivem na região migrem para outras áreas da cidade.

Antecipando isso, a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) já tem mapeamento das principais áreas para onde essas pessoas devem ir em busca de abrigo. O objetivo é identificar os pontos para continuar com as abordagens que oferecem serviços ao público.

“Temos o mapeamento das áreas que eles mais se concentram. A maioria fica na região central, como no caso da Orla Morena e Ferroviária. Caso eles realmente migrarem para esses locais, vamos continuar o trabalho de abordagem nessas regiões”, pontua o secretário de assistência social José Mário Antunes.

De acordo com ele, a maior dificuldade dos assistentes são as recusas de atendimento. “As equipes estão constantemente intensificando as abordagens e colocando vagas de acolhimento à disposição, no entanto, não podemos levá-los coercitivamente sem que eles queiram. Eles têm o direito de recusar atendimento”, explica.

A recusa é ainda maior nos momentos em que usuários estão sob efeito de álcool ou drogas. “Por isso sempre voltamos, para tentar encontrá-los em um momento de lucidez, em que eles entendam que precisam de ajuda”, aponta.

Atualmente, a SAS mantém duas Uaifas (Unidades de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias), uma com 100 pessoas e outra com 50. Além delas, comunidades terapêuticas também oferecem atendimentos. “Vagas nós temos, o que precisamos é que eles queiram ser ajudados”, finaliza.