Efeito do La Niña, falta de chuva seca cachoeira Boca da Onça, a maior queda d’água de MS

Fluxo de água na cachoeira já vem diminuindo através dos anos

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Evolução da diminuição do fluxo na queda d'água
Evolução da diminuição do fluxo na queda d'água

Seca provocada pelo fenômeno La Niña secou uma das principais atrações turísticas de Mato Grosso do Sul. A maior cachoeira do Estado, a Boca da Onça, em Bodoquena, não apresenta mais a volumosa queda d’água que atrai turistas de toda parte. Estiagem levou o Governo de MS a decretar situação de emergência nesta terça-feira (4).

Com 156 metros de altura, a Boca da Onça ficou sem água nas últimas semanas, frustrando turistas que visitavam a região. O assunto foi tratado em reportagem da Folha de São Paulo. 

Sócio de uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) vizinha à cachoeira, o jornalista Gerson Jara afirma que é a primeira vez que a Boca da Onça fica seca no período de chuvas ao longo dos 20 anos que frequenta a região.

Para ele, além da estiagem, o avanço da agricultura em larga escala, principalmente soja e milho, provocou o aumento no desmatamento, impactando os cursos d’água. “Algumas fazendas não têm a preocupação de preservar mananciais. O fluxo vem caindo ano a ano e agora secou. Isso está deixando a gente preocupado”, afirmou ele à Folha. 

Conforme o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS), a seca em pleno período de chuva é resultado da atuação de massas de ar seco e quente e do fenômeno La Niña, que resfria as águas do Pacífico, provocando chuvas abaixo da média em boa parte do Sul e nas regiões sul e sudeste de Mato Grosso do Sul.

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