O presidente do Beneficente Elmiria Silvério Barbosa, Jacob Breure, e a prefeita de , , criaram um embate após declarações públicas. Vanda rebateu Jacob após entender ter sido chamada de “galinha choca” pelo presidente do hospital durante uma entrevista de rádio.

Em trecho da suposta entrevista, Breure critica a administração municipal de Sidrolândia alegando que a mesma não cumpre com suas obrigações. Ele chega a elogiar alguns nomes e depois afirma que os vereadores do município estão “embaixo da asa da galinha choca”, dando a entender que o dito animal representaria a prefeita do município.

“Parece que a prefeitura só está para fazer o marketing, as obrigações da prefeitura ‘tá' muito difícil. Eu agradeço o (trecho não compreendido), o Juninho e até o próprio Edinaldo. São as únicas pessoas que tão fazendo o bem em Sidrolândia, o resto dos vereadores, com o perdão da palavra, estão embaixo da asa da galinha choca”, declarou Breure.

Em suas redes sociais, Vanda Camilo rebateu as falas proferidas por Breure. “Já não é de hoje que um certo cidadão usa de termos pejorativos, a maioria deles oriundo do reino animal, para se referir a minha pessoa com o intuito de ferir a minha imagem”, publicou.

Em seu texto, a prefeita relembra o caso de violência registrado há poucos meses na polícia, também envolvendo o presidente do hospital. Além de sugerir, em futura comparação, que seja intitulada como uma “formiga”, expondo diversas qualidades do animal.

“Talvez o problema esteja em ser mulher, solteira, filha de trabalhadores braçais, ter formado uma filha médica e conseguido 10.768 votos para me tornar a primeira prefeita eleita da história da minha cidade. Antes de me atacar, faça sua história e aprenda a respeitar a minha”, finalizou Camilo.

A reportagem entrou em contato com o presidente do Hospital Beneficente Elmiria Silvério Barbosa buscando um posicionamento sobre os fatos, mas ainda não foi respondida. O espaço segue aberto.

Ameaça anterior

A prefeita de Sidrolândia, cidade a 70 quilômetros de Campo Grande, Vanda Camilo (PP), procurou a onde fez um boletim de ocorrência contra o presidente do Hospital Beneficente Elmiria Silvério Barbosa, Jacob Breure, nessa terça-feira (08).

A prefeita, que foi presidente administrativa do hospital do município por 16 anos, foi proibida de entrar no local nesta terça, para entregar lembranças a pacientes, em alusão ao Dia Internacional da Mulher.

Consta no boletim de ocorrência que a prefeita retornou ao seu gabinete, de onde ligou para Breure após ser barrada e saber sobre a demissão da gerente administrativa, Eide França. “Eu fiquei mal quando soube da demissão dela”. Vanda conta que soube que a demissão da gerente seria pelo fato de ela permitir a entrada da prefeita na unidade hospitalar. Jacob também foi coordenador de campanha de adversário político de Vanda, nas última eleições. Mesmo assim, a prefeita diz que sempre tentou ter relacionamento cordial e institucional com o atual presidente do hospital.

Na ligação, de acordo com a prefeita, Jacob Breure a proibiu de entrar no hospital e ainda a ameaçou. “Você não sabe o que vai acontecer com você”, consta na ocorrência.

“Eu ainda senti um certo medo de estar na delegacia. Eu fico imaginando outras mulheres. Eu não queria estar aqui falando sobre isso, ainda mais neste dia. Ele é grosseiro, eu falei pra ele que o lugar dele não era ali”, disse a prefeita.

Presidente do hospital nega qualquer proibição a prefeita

Ao Jornal Midiamax o presidente do Hospital Beneficente Elmiria Silvério Barbosa, Jacob Breure, diz que é “pura invenção” a alegação da prefeita e ele também esteve na delegacia, para registrar queixa de injúria e difamação contra Vanda. “Houve uma mudança aqui na diretoria do hospital anteontem e a prefeita então me ligou, questionando essa troca. Eu expliquei a pessoa anterior estava deixando a desejar e por isso houve a mudança. Só que esta pessoa é um desafeto da prefeita e ela não gostou”, alegou.

Durante a ligação, Jacob diz que falou para a prefeita sobre intervenções no hospital e ressaltou que, em momento algum, proibiu a prefeita de ir até o local. “A gente não interfere em nada no hospital. Temos um diretoria aqui para decidir e não acho que devemos dar explicações e é justamente isso que a prefeita não gostou. Estamos há 3 meses sem receber do município e a gente tem 500 mil em um fundo que ela [prefeita] não paga, além de outros recursos. Eu também não a proibi de vir aqui, tanto que ela postou vídeos nas redes sociais, entregando flores no hospital inteiro, no Dia internacional da Mulher”, finalizou.