Mato Grosso do Sul completou três meses desde o primeiro caso confirmado da varíola dos macacos, registrado em 15 de julho, e desde então, a maioria dos infectados pela doença eram homens, chegando a ser 95% das confirmações. Mas boletim epidemiológico mais recente mostrou que o número de mulheres infectadas tem crescido.

Em levantamento da SES (Secretaria Estadual de Saúde) no dia 14 de setembro mostrou que, do total de casos confirmados – 73 casos – 93,5% eram homens e 6,5% eram mulheres contaminadas. Trinta dias depois, em 14 de outubro, o boletim epidemiológico mostrou que das 134 confirmações da doença, 13% são mulheres.

Em noventa dias da doença em MS, a maioria dos infectados segue sendo os homens – 87% do total de doentes – e a faixa etária que mais registra casos da varíola dos macacos é dos 20 a 29 anos, com 37% dos contaminados. Em seguida, o gráfico mostra que 29,7% são pessoas de 30 a 39 anos que ficaram doentes.

O levantamento da secretaria indica que a maioria das infecções (60,4% dos casos) aconteceu, provavelmente, por contato sexual e 28,8% disseram não saber como contraíram a doença. Cerca de 31,2% disseram que mantiveram relação íntima com desconhecido ou parceiro casual e 18,1% relataram que tiveram contato com possível caso suspeito da varíola.

Varíola dos macacos em MS

O primeiro caso confirmado da doença no Brasil foi em 8 de junho. Em Mato Grosso do Sul, a confirmação do primeiro infectado foi mais de um mês depois, no dia 15 de julho, em Campo Grande.

Atualmente, MS tem 134 confirmados da Monkeypox, conhecida como varíola dos macacos, conforme o último boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde), divulgado na última sexta-feira (14). Outros 53 casos suspeitos estão em análise.

Até o momento, são 15 casos ativos nos municípios do Estado, sendo 9 na Capital, 3 em Dourados, e em Três Lagoas, Chapadão do Sul e Miranda com um caso cada. São quatro prováveis em investigação e 123 pessoas curadas, além de 184 casos que eram suspeitos, mas foram descartados.

Vacina para a varíola dos macacos

O Brasil recebeu no dia 4 de outubro a remessa com 9,8 mil doses da vacina para a varíola dos macacos que, de acordo com o ministério, os imunizantes serão utilizados para a realização de estudos, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

A coordenação da pesquisa ficará a cargo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com o apoio da OMS e financiamento do ministério. O estudo foi discutido pela pasta, em conjunto com a Opas, pesquisadores e especialistas da área.

Conforme a SES, Mato Grosso do Sul não recebeu nenhuma dessas doses e, para o Brasil, está previsto mais uma remessa para o final de 2022.