Comércio recorre a estoque de anos anteriores para vender artigos de Carnaval em 2022
Procura por fantasias a adereços continua tímida, mas comerciantes esperam movimento maior a partir da próxima semana
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Durou pouco a euforia causada pela perspectiva da realização de um Carnaval nos moldes pré-pandemia em 2022. Com o avanço da vacinação, o fim de 2021 foi tomado por um sentimento de que, pela primeira vez desde 2020, poderíamos sair às ruas para curtir a maior festa popular brasileira sem maiores preocupações. Ledo engano.
O aumento no número de casos e mortes por Covid adiou os planos de um Carnaval irrestrito e fez várias prefeituras voltarem atrás nos planos e decretarem a proibição de eventos a céu aberto.
Em alguns lugares corre-se o risco de não haver qualquer tipo de festa, nem em salões ou locais fechados. Em Campo Grande, não haverá Carnaval de rua. Serão permitidos apenas eventos em locais fechados.
Mas será que esses eventos serão o suficiente para movimentar o comércio de venda de fantasias e artigos ligados ao Carnaval?
Em alguns estabelecimentos consultados pelo Midiamax, uma estratégia ficou clara: usar estoque de anos anteriores. Há, também, de forma geral, uma percepção de que este ano o movimento pode ser um pouco maior. Ainda não é, mas pode ser.
Na loja Planeta, na Avenida Afonso Pena, não houve compra e produtos ligados ao Carnaval. A ideia é usar o que sobrou de 2020. Segundo a gerência, em anos normais, antes da pandemia, a fachada da loja já estaria com as fantasias e adereços. Até esta sexta-feira, 18 de fevereiro, não havia nada.
Em frente à loja Planeta, a Giga, do mesmo grupo empresarial, também não tinha produtos ligados ao Carnaval.
Ainda no centro, mas na rua 14 de Julho, na loja São Gonçalo, tradicional neste tipo artigo, a estratégia é a mesma: usar o estoque anterior. Na vitrine, poucos produtos são mostrados no cantinho direito. Já dentro, uma gôndola inteira ostenta fantasias, máscaras, brilho, tintas, serpentinas entre outros.
Segundo gerente, Rafael Metello, este ano a procura ainda é tímida. “Estamos atendendo muitas crianças de Carnaval de colégio. Adultos a procura ainda é pequena”.
Em levantamento de 2021, o Midiamax mostrou que algumas lojas tradicionais na mesma região fecharam as portas.
Na loja Carol Fantasias, a estratégia foi justamente essa, focar no seguimento infantil. “Eu investi 50% em compras em relação aos outros anos, foquei mais no seguimento infantil, que sempre tem nas escolas”, explicou Miracy Pinheiro de Souza Vieira, 47 anos, sócia da loja.
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