Com quase dois terços da obra concluída, Reviva Campo Grande fica pronto só em setembro
Projeto deve melhorar a vida dos campo-grandenses, mas não é unanimidade entre a população
Wendy Tonhati –
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As obras do Reviva Campo Grande seguem causando expectativa e reclamações na Capital. Tem quem esteja esperando por melhorias com as ruas recapeadas, expansão de calçada e o paisagismo. Porém, também tem quem não aguenta mais as ruas interditadas, trânsito confuso e lento, além de muita poeira pela cidade. Nesta quarta-feira (11), a assessoria de comunicação do Reviva Campo Grande informou que a previsão de término é setembro deste ano e que 65% das obras estão concluídas.
Entre os motoristas, a reclamação é constante. Muitas ruas da área central como Padre João Crippa, Marechal Rondon, Barão do Rio Branco estão sendo afetadas pelas obras. É necessário paciência ao passar por esses locais e estacionar se tornou uma prova de resistência, com várias voltas nos quarteirões até achar uma vaga para parar o carro.
Proprietária de uma loja de bolos, na rua Pedro Celestino, entre a Maracaju e Marechal Cândido Mariano Rondon, Magali Mendonça, tem boas expectativas para a obra.
“Depois de pronta, vai ficar bom. Vamos ver o tempo que vai levar, pois falaram que seriam duas semana”, diz Magali.
Outro ponto positivo para ela, é a calçada que será refeita e vai melhorar a vida dela e dos clientes. Mesmo com boa expectativa, a empresária diz que a obra provocou queda no movimento e dá trabalho na questão da limpeza, que tem de ser feita com ainda mais frequência do que em dias normais.
Já um comerciante da mesma rua, que prefere não se identificar, mas diz que a obra deve deixar os impostos ainda mais caros. “Pergunta lá na 14 de julho, o imposto sobe”, afirma.
Corredor para ônibus é temido por comerciantes
A rua Rui Barbosa se transformou em um grande canteiro de obras e os trabalhos, que tem como objetivo melhorar uma das ruas principais da Capital, estão longe de ser unanimidade entre os comerciantes. Os empresários, além de terem reclamações sobre a execução da obra, temem mais problemas no futuro, quando estiver totalmente concluída.
Um comerciantes diz que as reclamações variam, mas muitos apontam queda no número de clientes, demora para acabar a obra, preveem problemas com a instalação do corredor para transporte coletivo no meio da via e queda no faturamento, pois os clientes perderiam a possibilidade de estacionar no local. Eles, inclusive, dizem ter tentado por meio de abaixo-assinado e ofício impedir a obra no local.
Matheus Htten é proprietário de uma chiparia e comenta que muitos clientes não param mais por causa da obra e “passam direto”, fazendo com que o movimento tenha caído desde o começo da obra.
“Tem muita gente que não consegue parar e passa direto. Além disso, tem a sujeira e sujeira com alimento não dá certo”, comenta. Além dos transtornos atuais, o empresário também teme pelo futuro, quando o corredor de ônibus for instalado no local. “Vai piorar, porque vão colocar um corredor igual da Brilhante e vai prejudicar todo mundo”, afirma.
Proprietário de uma loja de som e acessórios para veículos, Iscley Almeida também tem reclamações sobre a obra na Rui Barbosa. Segundo ele, não houve orientações e informações da Prefeitura sobre os rumos da obra.
“Eles cavam, tapam o buraco, vem outra empresa e cava de novo. Faz mais de um mês de obras já. Tem cliente que reclama. É terra, poeira, passa o soprador e veem mais poeira”, diz o empresário. “Achei que pelo menos a calçada nova fariam aqui, mas nem isso”, acrescenta.
Primeira fase do Reviva Campo Grande
A entrega da primeira etapa da revitalização foi em março deste anos e compreendeu as ruas 7 de Setembro, 26 de Agosto, 15 de Novembro, Barão de Melgaço, Marechal Rondon (entre a 14 de Julho e José Antônio), José Antônio (da Avenida Afonso Pena até a Avenida Rodolfo José Pinho) e a Rui Barbosa (da Avenida Fernando Corrêa da Costa até a 7 de Setembro).
Foram executados recapeamento das ruas, implantação de paisagismo, construção e padronização de calçadas, instalação de iluminação de LED, drenagem e mobiliário urbano. É o centro da cidade cada vez mais vivo, com garantia de acessibilidade universal, mobilidade e segurança para circulação de veículos e pessoas, resultando diretamente no fortalecimento do comércio e da economia local.
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