Com contrato no fim, Prefeitura suspende cobrança do Flexpark em Campo Grande
Medida é válida até que seja realizada uma nova licitação
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O prefeito Marquinhos Trad (PSD) publicou, no Diário Oficial desta terça-feira (22), decreto que suspende o serviço de estacionamento rotativo em Campo Grande até a realização de uma nova licitação. Os valores de tarifa já adquiridos pelos usuários do Flexpark ficarão como crédito. O fim da cobrança já havia sido adiantado pelo Jornal Midiamax.
Conforme a publicação, a decisão se deve ao fato de que o contrato firmado entre a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e a Metropark Administradora, empresa responsável pela exploração dos serviços, termina nesta terça, 22 de março.
Assim, há necessidade de realização de uma nova licitação. No decreto, Marquinhos considerou que o serviço foi implantado para a democratização do uso de vagas proporcionando a mobilidade, mas, por outro lado, não se trata de serviço essencial.
Por este motivo, determinou a suspensão. “Os valores das tarifas pelos serviços de estacionamento rotativo adquiridos pelos munícipes e não utilizados até o dia 22 de março de 2022, ficarão de crédito, para utilização junto à empresa vencedora do certame”, lê-se no decreto.
Motoristas multados
Durante o período de lockdown em 2020 em Campo Grande, os moradores reclamaram de multas sofridas pela Flexpark. Apesar dos estacionamentos fechados, a empresa estava multando os motoristas que paravam no centro.
“Gostaria de saber como vou respeitar o decreto e ficar em casa, com o Flexpark notificando nossos carros? Moro no Centro, meu carro está em frente de casa, porque os estacionamentos estão fechados e não tenho dinheiro para comprar créditos o dia todo”, contou a moradora na ocasião.
Formato de cobrança criticada
Em 2021, com a revitalização da 14 de Julho, voltou a funcionar poucos meses depois e havia pegado de surpresa os desavisados. Diferente do restante das ruas do Centro, a cobrança na principal rua do comércio da cidade surpreendeu muitos campo-grandenses que não têm o costume de olhar para o chão.
Um motociclista, de 25 anos, foi um dos surpreendidos com a medida na época e reclamou. Ele deixou a moto estacionada na 14 para resolver pendências no centro e, no retorno, se deparou com uma notificação na manete da moto. “Não vi a placa, não dá para ver. Acho errado, você já tem uma condição financeira limitada e não vê o investimento dessa arrecadação”, disse o vigilante.
Na ocasião, o diretor da FlexPlark, Helion Porto, explicou ao Jornal Midiamax as alterações no método de cobrança e como o morador da Capital deveria lidar com o aplicativo.
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