‘Aventura emocionante’: Grupo que fez 1ª visita ao Aquário do Pantanal vai preparar guia para próximos alunos
Alunos da Escola Estadual Lúcia Martins Coelho, em Campo Grande, foram os primeiros da rede pública a conhecer o local, nesta quarta-feira
Graziela Rezende –
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Uma hora e meia de passeio que vai se estender como assunto pelos próximos 90 dias. Do inglês a matemática, alunos da Escola Estadual Lúcia Martins Coelho, em Campo Grande, terão o tema Bioparque Pantanal incluso em todas as disciplinas e com a tarefa de fazerem redação sobre a percepção que tiveram ao conhecer o local, além de maquete e até um guia para os próximos grupos de visitantes.
Extasiados ao conhecerem a estrutura de 19 mil m², os 327 alunos regulares do ensino médio, incluindo 5 da classe especial, chegaram ao local por volta das 9h, desta quarta-feira (30). O Jornal Midiamax adiantou, em primeira mão, que este seria o primeiro grupo da rede pública a conhecer o Bioparque Pantanal.
A estudante Débora Rafael Ramires dos Santos, de 14 anos, fala que achou muito legal o passeio e pretende descrever, com detalhes, tudo o que viu no momento de fazer a redação. “Me chamou muito a atenção aquela parte redonda, onde tem o aquário com os peixes e o elefante Jussara. Vou falar bastante disso e também estou ansiosa para o momento de fazer a maquete”, argumentou.
O também estudante do ensino médio, Matheus Ortiz, de 15 anos, falou que a visitação “foi muito bacana” e ele ainda pretende retornar várias outras vezes para, segundo ele, “aproveitar muito o espaço e tudo o que tem ali”, falou.
A professora Ana Andréa Dalloul, que leciona inglês e está há 16 anos no “Lúcia”, como a comunidade chama a escola, ressaltou que foi uma honra poder acompanhar e, de perto, ouviu os alunos dizerem que estavam em uma “aventura emocionante” nesta quarta (30).
“Vamos trabalhar esse assunto pelos próximos três meses pelo menos, inclusive na disciplina de educação socioemocional. No inglês, por exemplo, eles vão fazer cards e ajudar na elaboração de regras, inclusive no idioma estrangeiro”, finalizou.
Inauguração ocorreu esta semana
A grande cápsula nos altos da avenida Afonso Pena agora é uma realidade. Após 11 anos, o antes Aquário do Pantanal agora é o Bioparque Pantanal, em Campo Grande: um local que abriga ciência, tecnologia, conhecimento e uma viagem no tempo. Com cerca de 220 espécies de peixes, o maior aquário de água doce do mundo ainda conta com diversidade de répteis e até fósseis da “Era do Gelo”.
O Jornal Midiamax acompanhou a primeira visita técnica no último domingo (27) e relata, com detalhes, como é o passeio pelo Aquário. Da longa caminhada ao estacionar o carro e chegar até as portas de vidro, já é possível ver a grandiosidade da obra. Do lado esquerdo, um balcão de informações recebe os visitantes. Ao lado direito, um imponente aquário se conecta ao piso de mármore e faz as vezes de uma parede, escondendo um auditório atrás que deve receber gente de todo canto do mundo.
Ao meio, duas escadas rolantes e uma escada comum, que dão acesso a ambientes com laboratórios de robótica, ciência e tecnologia, aquários que passam sobre a cabeça, salas pedagógicas, ambientes que abrigam artesanato e até a Nossa Senhora do Pantanal, que é genuinamente sul-mato-grossense. Para os estudantes, uma biblioteca virtual, inúmeros computadores e também mascotes de animais típicos do nosso Estado, que tornam a experiência lúdica e inesquecível.
Aquário do Pantanal
Com aproximadamente 19 mil m² de área construída, o Aquário do Pantanal conta com 33 tanques, sendo 23 internos e oito externos, além de um tanque de abastecimento e outro de descarte de efluentes, totalizando um volume de cinco milhões de litros de água, nas dependências do Parque das Nações Indígenas.
Iniciada em 2011, a obra seria concluída no governo anterior, já que os peixes começaram a chegar no final do ano de 2014. No entanto, com problemas de licitação, auditorias, engenharia e complexidade da obra, ocorreram diversas paralisações. Orçado em R$ 89 milhões, o aquário teve inúmeros aditivos e terminou com o custo final de R$ 230 milhões, de acordo com o governo do Estado.
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