Aterro sanitário de Campo Grande terá de operar ‘no limite’ por um ano até ativação de nova área

Vida útil do atual aterro vence ano que vem, mas descartes continuarão a ser feitos no local

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Aterro onde lixo da cidade é descartado fica no Bairro Dom Antônio, às margens da BR-262. (Foto: Arquivo)

Com previsão inicial de receber resíduos somente até 2023, o aterro sanitário de Campo Grande terá de “aguentar” os descartes por pelo menos mais um ano, até que a Prefeitura destrave licenças ambientais e alvarás exigidos para ativação de uma nova área. Em 2021, estudo apontou que o limite de “vida útil” do ponto seria até o ano que vem.

“Acredito que para o ano que vem ainda não será possível, pelo menos não no início do ano. É um empreendimento muito grande que depende de diversos estudos que ainda estão sendo analisados. Para 2023 acho muito difícil”, afirma Bruno Veloso Vilela, gerente operacional da Solurb, empresa que faz a coleta de lixo na cidade.

Hoje, é de 45 hectares a área o aterro sanitário da Capital, às margens da BR-262, no Bairro Dom Antônio. Na Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) tramita projeto de licenciamento de espaço duas vezes maior, com aproximadamente 90 hectares.

Em um processo demorado por causa da complexidade da obra, a ativação do novo aterro sanitário depende de três licenças. “A primeira é a licença prévia, que inclui estudos ambientais e por isso é a mais demorada. É justamente essa fase que está em análise na Prefeitura”, explica o gerente da Solurb.

A segunda, licença de instalação, avalia o projeto e programas ambientais para a área. Por fim, a licença de operação é o alvará final que autoriza o início do serviço.

Até que toda papelada esteja pronta, a área de descarte no Dom Antônio segue ativa. De acordo com Bruno, apesar da previsão apontar 2023 como a data limite para uso, o aterro sanitário ainda tem condições de operar até 2024.  

“A previsão da quantidade de resíduos e de espaço limite foi feita de maneira mais apertada, justamente para que existisse um fôlego no final. Ainda temos condições operacionais”, relata.

Assim que for desativado, o aterro sanitário será monitorado por 10 anos. “A área será isolada, mas é preciso acompanhar a geração de gases e o chorume. Também continuarão a ser feitas drenagens e a manutenções no local até por uma questão de segurança. Não dá para fechar a porta e ir embora”, finaliza Bruno.

O Jornal Midiamax questionou a Prefeitura de Campo Grande sobre o andamento do processo de liberação do novo aterro sanitário, porém, até o fechamento desta matéria, não deve retorno.

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