Após negar acordo, HU diz que aguarda decisão do TST para resolver impasse com funcionários
Trabalhadores entraram em greve nesta segunda-feira e hospital seguirá com equipe reduzida
Mariane Chianezi –
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Os trabalhadores do HU (Hospital Universitário) de Campo Grande entraram em greve na manhã desta segunda-feira (26) e passarão a atender com equipe reduzida após impasse para reajuste salarial. A negociação foi judicializada e hospital, após negar acordo proposto, diz que aguarda decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho).
Em nota encaminhada ao Jornal Midiamax, a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), que administra o hospital, informou aos empregados que a relatora do dissídio coletivo no TST, ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, determinou o percentual mínimo de manutenção de trabalhadores, na base de 50% em cada área administrativa e de 60% para cada área médica e assistencial, sob pena de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.
“É importante acrescentar que, com o início das manifestações, fica ainda mais clara a vontade dos empregados, semelhante à da Ebserh, em uma resolução rápida para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Diante do impasse nas negociações, a Ebserh peticionou no dia 10 de agosto, no próprio TST, pedido para análise dos ACT’s em curso, requerendo o julgamento imediato do dissídio coletivo, inclusive quanto aos ACTs em aberto”, pontuou.
À reportagem, Wesley Castro Gully, secretário-geral do Sintsep-MS (Sindicato dos Trabalhadores de Serviço público Federal), a ministra havia sugerido um acordo para que as negociações se encerrassem, mas conforme ele, o hospital teria negado a sugestão de 20% de reajuste pelos 4 anos e também de não alterar a insalubridade.
“O TST entrou para tentar conciliar as partes. A ministra fez uma sugestão de acordo, mas a empresa se negou. Uma sugestão que era viável para a gente”, disse.
Com a paralisação, o atendimento será feito por apenas 60% do efetivo dos trabalhadores da área assistência e médica e 50% dos servidores do setor administrativo. Segundo o sindicato, desde 2019, os profissionais não têm reajuste no salário.
Alegando necessidade de cortar gastos, a Ebserh, que administra os hospitais universitários em todo o País, chegou a propor pagamento fixo do adicional de insalubridade dos trabalhadores, o que reduziria o ganho de alguns em até 27%.
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