Alunos faltam e diretora tenta tranquilizar pais após ‘brincadeira’ de massacre em Campo Grande

“Telefone sem fio” ganhou proporção entre alunos de escola municipal

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Escola municipal (Foto: Ilustrativa/Nathalia Alcântara)

“Telefone sem fio” sobre um massacre entre alunos de uma escola municipal da Vila Nasser, em Campo Grande, ganhou proporções e ainda, nesta sexta-feira (2), alunos faltaram a aula. A direção escolar tenta acalmar os pais informando sobre o caso, que começou com uma brincadeira.

Claudeci de Paula de Almeida, diretora da unidade, esclarece que tentam voltar à normalidade após o caos instaurado pela brincadeira. O fato não passava de uma informação falsa repassada entre os alunos, onde um estudante interpretou de maneira errada uma brincadeira e acabou repassando entre colegas. Pelas redes sociais e grupos de WhatsApp, a informação errônea ainda circulava e gera preocupação da direção.

“Tive que acalmar mais de 2 mil alunos e os pais que ligaram ou comparecem à escola. Imediatamente, acionei a Semed (Secretaria Municipal de Educação), a Guarda Municipal e a polícia. Foi feita uma vistoria com detector de metal e nada foi encontrado. Nós conversamos com o aluno que repassou e entendeu a brincadeira de maneira errada também. Nosso foco agora é informar os pais que os filhos estão seguros e tranquilos”.

Embora o susto por uma informação errada, pais e alunos continuam assustados pelo caso, alguns alunos faltam e outros pais preferiram levar o estudante para casa. “Houve uma falta ou outra, mas garantimos que está tranquilo. Nós pedimos encarecidamente aos pais e responsáveis que quando acontecer algum tipo de situação assim, que entre em contato com a escola. Havíamos pais extremamente assustados, eu me coloco como mãe e tive que acalmar um por um”, finaliza.

Em nota, a Semed informou que, mesmo sem haver ameaça, a situação está sendo monitorada e todos os atendimentos necessários foram realizados para garantir a segurança de todos os alunos. Segundo a Reme, desde 2018, há atuação do Egeprev (Equipe de Gerenciamento de Conflitos contra a Violência e Evasão Escolar), que atende caso a caso.

“Quando ocorre uma situação de ameaça é feito registro imediatamente e encaminhado para a GCM para realizar a segurança nas escolas com dois objetivos, sendo de tranquilizar a comunidade escolar e também de mostrar aos alunos que a atitude de indisciplina não vai passar despercebida. De forma geral, as unidades da REME também contam com atuação preventiva (antes de qualquer potencial ameaça), em projeto conjunto com a GCM ‘Escola Segura, com a Guarda Amiga’. O trabalho tem surtido efeito, juntamente com a atuação do ‘Valorização da Vida’, que atua em questões de saúde mental, abuso, e outros”.

Ambas as frentes são de atuação na questão da prevenção de casos de violência, suicídio, bullying, além de prestar atendimento em casos de abuso, depressão e outras doenças relacionadas. Os programas têm por principal foco a defesa incondicional da vida, mediante o fortalecimento da autoestima e da solidificação de valores que sustentam o desenvolvimento psicossocial e contribuem para a promoção da resolução de conflitos cotidianos vivenciados por crianças e adolescentes das unidades da Reme e profissionais da educação.

O programa Valorização da Vida foi instituído pela lei municipal no dia 21 de janeiro de 2021. O texto, aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal, foi sancionado pelo então prefeito Marquinhos Trad e publicado no Diogrande. A transformação do projeto em lei garante o funcionamento permanente na Reme. O programa atua com os alunos desde agosto de 2018, e com os profissionais da educação das 106 Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) e das 99 escolas municipais de ensino fundamental, a partir de 2020 com o início da pandemia.

A Semed afirma que o caso não se tratou de ameaça, e sim de um mal-entendido ocorrido entre os alunos e os pais.

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