30 a 39 anos: quem são os mais infectados pela covid em MS na nova alta de casos

Detalhamento revela perfil de casos positivos e óbitos causados por covid em Mato Grosso do Sul

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Teste Rápido Antígeno para Covid-19 (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O avanço da pandemia de Covid-19 em Mato Grosso do Sul nas últimas semanas tem alertado as autoridades em saúde e a população para o aumento de casos e óbitos causados pela doença. Em quase 15 dias, mais de 4,4 mil casos foram confirmados e os sul-mato-grossenses da faixa etária de 30 a 39 anos são os mais infectados pelo vírus.

Conforme detalhamento disponível na plataforma Mais (Monitor de Apoio às Informações em Saúde), baseada em dados da SES-MS (Secretaria de Estado de Saúde), foram 4.483 mil casos confirmados da doença no Estado entre os dias 1 e 13 de junho, último dia disponível para consulta.

As notificações pela doença somam 21.684 casos, com 17.085 descartados, ou seja, mais de 78% dos pacientes que testam para a Covid-19 no Estado têm o resultado negativo para a doença.

Em relação aos óbitos, apesar do último boletim da SES-MS trazer 28 novas mortes nesta semana, o sistema de monitoramento aponta apenas os casos de mortes ocorridas neste período de junho. São 11 mortes causadas pela Covid-19 neste mês até o dia 13.

Perfil de quem se infectou com Covid-19 em MS

Em relação ao perfil de quem testou positivo para a doença, a plataforma detalha que a faixa etária de 30 a 39 anos tem 20% dos casos de Covid-19 de Mato Grosso do Sul.

Na sequência, com 18%, estão aqueles que têm idade entre 40 a 49 anos. Jovens de 20 a 29 anos representam 11% dos infectados, seguidos pela faixa etária de 10 a 19 anos com 11%, assim como idosos com 60 a 69 anos que também representam 11% dos positivados.

A taxa de morte por faixa, por outro lado, reforça o que os especialistas afirmam desde o início da pandemia: os idosos são mais suscetíveis a complicações causadas pelo vírus.

Neste mês, 27% das mortes foram de idosos com idade entre 60 a 69 anos, com 18% ficaram as faixa etárias seguintes, de 70 a 79, 80 a 89 e mais de 90 anos. Óbitos entre a população mais jovem são mais incomuns, somando 9% entre quem tem 30 a 39 anos e outros 9% entre pessoas com idade entre 50 a 59 anos.

A plataforma também indica o sexo de contaminados e mortos após infecção pela doença. Nos três cenários, as mulheres são as mais impactados. 59% dos casos positivos estão entre elas, que também são as que mais morreram neste mês vítimas da doença, 63,6% dos óbitos.

Fonte: Painel Mais com dados da SES-MS de 1 a 13 de junho de 2022

Positivados para covid em Campo Grande

Em Campo Grande, só neste mês de junho, são 1.461 mil pessoas que testaram positivo para a doença. A taxa de positividade em comparação a quantos testaram é de 17,17%, ou seja, de 8,5 mil pessoas que fizeram o teste, 82% testaram negativo. Neste período, foram três mortes registradas na Capital.

A faixa etária predominante entre os positivados é parecida com o cenário estadual, 21% está entre aqueles que têm de 30 a 39 anos. Logo na sequência, com 20% dos positivos estão aqueles que têm de 40 a 49 anos, depois estão aqueles com 20 a 29 anos que representam 15% dos positivados.

Aumento de mortes é reflexo de casos covid ‘represados’

O Governo do Estado ressalta que o número de mortes, 28 novas no último boletim, não representa necessariamente a realidade recente. Habitualmente, os números de óbitos que constam nos boletins semanais trazem casos das últimas semanas, mas no boletim desta semana, há casos registrados em outros meses do ano.

Dos 28 novos óbitos que constam no levantamento desta semana, apenas 11 ocorreram no mês de junho. Os outros 17 casos, 60% do total, são de pacientes que morreram em decorrência do coronavírus foram registrados em outros meses do ano, como fevereiro, março, abril e maio.

A explicação, segundo a SES, é que instabilidade no sistema de informação oficial do Ministério da Saúde, o SIVEP Gripe, causou represamento das notificações e deixou muitos casos ‘acumulados’ nas secretarias municipais de saúde. As notificações só ocorreram após estabilização do sistema, o que gerou o aumento expressivo de mortes no boletim.

Dos 28 novos óbitos, apenas quatro são de pacientes que não tiveram comorbidades relatadas. A maioria também é de idosos. O paciente mais novo que morreu vítima da Covid-19 é uma criança de 9 anos que vivia em Coxim. Segundo o boletim, a menina tinha doença neurológica e era imunossuprimida.

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