Um ano de Pix: ferramenta facilita a vida, mas exige cuidados com novos golpes a todo momento
Confira estatísticas sobre a ferramenta liberadas pelo Banco Central
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Há exatamente 1 ano, o Pix foi liberado para uso dos brasileiros e caiu na graça de todos. Inicialmente visto como uma forma de evitar contato com as cédulas por conta do coronavírus, a nova forma de transferir dinheiro foi bem aceita. Porém, novos golpes surgem a cada dia e é necessário prestar atenção na hora de realizar transações com a ferramenta.
Com grande adesão, muitos comércios já deixam estampados o QRCode no balcão, para agilizar o pagamento e evitar confusão. Nesse 1 ano, fazer um Pix já se tornou tão corriqueiro que, muitas vezes, o usuário faz a transação sem prestar atenção nos detalhes e é, justamente, nessa falha que os golpistas agem.
A facilidade em abrir um aplicativo no celular e transferir dinheiro para alguém sem pagar taxa alguma por isso é o principal gatilho usado pelos criminosos. Um dos golpes mais conhecidos é o do WhatsApp, onde o criminoso sequestra o perfil de uma pessoa e aborda seus contatos pedindo dinheiro — via Pix, é claro.
O golpe do Bug do Pix é semelhante a outros conhecidos pela polícia, mas tem uma dinâmica formatada para a ferramenta de transação. Tudo começa com mensagens e até vídeos disparados em redes sociais que afirmam sobre a possibilidade de prêmios serem pagos a pessoas que fizerem transferência via Pix para determinadas chaves. Nem preciso dizer que ninguém recebe esse prêmio…
Clonagem de QRCode também é um golpe muito utilizado por cibercriminosos. Neste tipo de ação, o código é clonado e faz com que o usuário envie dinheiro para outro destino.
Mas, afinal, como se proteger?
Sempre verifique a identidade de quem está solicitando o Pix;
Na hora de efetivar a transação, fique atento: os aplicativos estão cada vez mais fáceis de utilizar e o usuário, muitas vezes, seleciona ‘Confirmar’ sem nem perceber que está transferindo recursos para um nome que não conhece.
Alguns sites já estão adotando pagamento por Pix. Nesse caso, se o usuário estiver em um ambiente falso, o dinheiro vai para a conta do golpista.
É fundamental confirmar o limite disponível para transferência por Pix com a instituição financeira. Às vezes, o próprio usuário comete um erro de digitação e atribui a perda a um golpe.
Usuários que não têm familiaridade com o Pix podem treinar o uso do recurso. Uma boa ideia é fazer um Pix de R$ 1 para um conhecido para testar a funcionalidade. E, se quiser, pode até pedir o dinheiro de volta, já que o processo é gratuito.
O Bacen também tem uma lista de sugestões importantes. Acompanhe:
Confira os remetentes de e-mails e não acesse páginas suspeitas, com endereços curtos ou com erros de digitação.
Não clique em links recebidos por e-mail, WhatsApp, redes sociais ou mensagens de SMS que direcionam a cadastros de chaves do Pix.
Cadastre chaves do Pix apenas em canais oficiais de bancos ou fintechs.
Em caso de suspeita, procure a equipe oficial do banco.
Após o cadastro, o Bacen envia o código por SMS (se a chave cadastrada for um celular) ou e-mail (se ela for um e-mail). Essa confirmação não vem por ligação telefônica nem por link.
Não compartilhe esse código.
Não faça transferências para conhecidos sem confirmar por chamada telefônica ou pessoalmente. O WhatsApp não é uma boa opção porque pode estar clonado.
Números
Até o dia 31 de outubro, conforme dados oficiais do Banco Central, já haviam sido criadas mais de 348 milhões de chaves Pix no Brasil. A maioria são chaves aleatórias. Em segundo lugar, aparecem números de CPF, seguidos por celular, e-mail e CNPJ.
Desse total, mais de 330 milhões são de pessoas físicas. No fim de setembro, o Banco Central registrou a marca de 1 bilhão de transações realizadas via Pix em todo o país. Mais de R$ 500 milhões haviam sido transferidos até o mês passado.
Outro dado interessante liberado pelo Banco Central é que 34% das transações são realizadas por pessoas entre 20 e 29 anos e 31% são de usuários na faixa de 30 e 39 anos. Na sequência estão: entre 40 e 49 anos (18%), entre 50 e 59 anos (7%), mais de 60 anos (3%) e até 19 anos (4%).
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