Quase metade das cidades de MS enfrentou seca grave em outubro

No mesmo mês, três municípios registraram seca excepcional, a qual cria situações consideradas de emergência para determinada região

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Pelo menos 36 municípios de Mato Grosso do Sul enfrentaram situação de seca considerada grave em outubro. No mesmo mês, três municípios registraram seca excepcional, a qual cria situações consideradas de emergência para determinada região. Os dados constam no Boletim do CEMTEC/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), extraídos do Monitor de Seca da ANA (Agência Nacional das Águas).

Conforme a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), outros 24 municípios tiveram seca moderada, enquanto 16 registraram seca extrema e ainda três (Selvíria, Paranaíba e Aparecida do Taboado, todos na região do Bolsão), sofreram com a seca excepcional.

A seca moderada provoca alguns danos às lavouras e pastagens; córregos, reservatórios ou poços ficam com níveis baixos, pode ocorrer falta ou restrições voluntárias de uso de água em algumas regiões. Já quando a seca é considerada excepcional, há perdas nas lavouras e pastagens de forma excepcional e generalizada; escassez de água nos reservatórios, córregos e poços de água, criando situações de emergência.

O mapa mostra que, em Mato Grosso do Sul, em função das chuvas registradas acima da média e melhora nos indicadores, houve recuo da seca grave na região Sudeste, que passou à condição de seca moderada. Por outro lado, houve avanço para seca grave (antes era moderada) na região Oeste, onde está localizado o Pantanal, em virtude das precipitações abaixo da normalidade.

A coordenadora do CEMTEC/MS, Valesca Rodriguez Fernandes, “no mês de outubro observou-se precipitação acumulada mensal entre 200 a 400 milímetros nas regiões Central, Sudeste e Leste do Estado devido a atuação de sistemas meteorológicos: sistemas frontais, aliado a passagem de cavados (áreas alongadas de baixa pressão) e ao transporte de umidade e calor”. Em grande parte dos municípios, o volume de chuvas foi de 125 a 150% acima do que era esperado para o período. Ainda assim, devido ao longo período de estiagem, as chuvas não foram suficientes para reverter a situação de seca.

O Monitor de Secas é um programa que analisa o comportamento do clima através de mapas meteorológicos e fornece informações que facilitam a adoção de medidas para combater os efeitos das secas. O programa já existe desde 2014 e engloba os estados das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, estando de fora, apenas a região Norte do país.

 

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