Pular para o conteúdo
Cotidiano

Após morte em Campo Grande, entenda os riscos do parto domiciliar

Gestante de 28 anos estava acompanhada por duas enfermeiras
Arquivo -
Compartilhar
Criança não resistiu após um parto domiciliar
Criança não resistiu após um parto domiciliar

Depois da morte de dois bebês recém-nascidos nos últimos dias em , um deles durante parto domiciliar no último domingo (24), no bairro Parque Novos Estados, questionamentos a respeito dessa prática surgiram e o Jornal Midiamax ouviu uma especialista sobre o assunto. 

A ginecologista Vanessa , presidente da Sogomat-Sul (Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de Mato Grosso do Sul), explica que os riscos de um parto domiciliar são os mesmos que de um parto realizado no e que o parto domiciliar é de livre escolha da paciente.

“A diferença é a estrutura de diagnóstico e tratamento rápido. Por vezes, uma hemorragia materna inicia assim que a placenta sai, se nenhuma atitude for tomada em até 30 minutos, o risco de morte materna chega a 80%. E quanto ao feto, assim que nasce cerca de 1 em cada 10 bebês cujo parto foi sem nenhuma intercorrência”, disse.

Vanessa explica, ainda, que, além dos riscos da estrutura, outro fator que preocupa os profissionais em partos domiciliares é o transporte caso algo dê errado. “Não temos nenhuma retaguarda de transporte que garanta, a quem faz parto domiciliar, que será atendida nesse tempo”, completou.

A especialista também dá um exemplo sobre o parto. “A impressão que temos é que quem se submete ao parto domiciliar, age como se optasse por andar de carro sem cinto de segurança, com a sensação de que: fique tranquila, você nunca vai bater o carro, não precisa usar, até que uma tragédia ocorra”, finalizou.

Mortes investigadas

O caso do recém-nascido que morreu após parto domiciliar realizado na madrugada deste domingo (24), em uma residência no bairro Parque Novos Estados, em Campo Grande, está em segredo de justiça.

Na hora do parto, segundo consta no boletim de ocorrência, a gestante, de 28 anos, estava acompanhada por duas enfermeiras. Ela teria optado pelo parto domiciliar desde o início da gravidez, bem como teria realizado todos os exames médicos necessários que sinalizaram para boas condições de saúde do bebê.

Quando foi próximo das 13h de sábado (23), ela teve início o trabalho de parto acompanhado pelas enfermeiras. E, por volta de 1h52 do domingo (24), o bebê nasceu.

Segundo relato das profissionais de saúde, a criança nasceu hipotônica, hiper-reativa e com baixa frequência cardíaca. Após nascer, as profissionais teriam iniciado manobras de massagem cardíaca, quando foi solicitado apoio médico.

O foi acionado e tentou reanimação por 61 minutos, mas não houve sucesso. A mãe foi encaminhada para a maternidade Cândido Mariano. O caso segue em investigação.

Outro caso que também terminou na morte de um recém-nascido ocorreu em unidade de saúde do bairro Tiradentes, na madrugada desta segunda-feira (25).

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre ‘cratera’ na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados