Há quase quatro meses, iniciou a aplicação da 3ª dose para garantir a proteção contra o coronavírus. A princípio, os contemplados foram somente os idosos e profissionais da saúde, mas o reforço da imunização foi ampliado e o calendário já contempla todos os adultos. Dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde) indicam que a foi a mais utilizada para reforço em MS.

A reportagem contou com levantamento no portal Mais Saúde, da SES. Os dados indicam que 460,2 mil pessoas receberam a dose de reforço em Mato Grosso do Sul. A dose de reforço é considerada tanto a 3ª dose para quem tomou as primeiras duas doses ou a 2ª dose para quem tomou a única de

De 460,2 mil vacinados com o reforço, 421,6 mil receberam a D3 (3ª dose) de Pfizer em Mato Grosso do Sul. O número representa 91,6% do total de doses de reforço aplicadas no Estado. Em segundo lugar, está a Astrazeneca, com 24,4 mil doses de reforço aplicadas. Em MS, 14,4 mil doses da Janssen foram utilizadas como reforço. Por fim, a vacina Coronavac não foi utilizada para reforçar a imunização. 

Os dados confirmam a orientação que a Secretaria de Saúde tem dado aos municípios. Em MS, a vacinação heteróloga é priorizada. Ou seja, o cidadão deve receber um reforço diferente das primeiras doses tomadas. No Estado, a vacina da Pfizer foi priorizada para D3 em pessoas que tomaram a Coronavac e Astrazeneca. Para quem tomou a Pfizer, foi aplicado o reforço de Astrazeneca. Somente a vacina da Janssen conta com esquema homólogo, ou seja, quem tomou a primeira dose do imunizante recebe o reforço com a vacina da mesma farmacêutica. 

Estudo mostrou que Pfizer é mais eficaz para quem tomou Coronavac

Um estudo conduzido a pedido do Ministério da Saúde concluiu que o esquema heterólogo, ou seja, utilizando uma dose de reforço diferente das primeiras doses, aumenta a imunidade do indivíduo. Entre as vacinas testadas, pesquisadores descobriram que a Pfizer foi a que mais funcionou como reforço para quem tomou as primeiras doses de Coronavac. 

Conforme os resultados, as quatro vacinas disponíveis (Astrazeneca, Coronavac, Janssen e Pfizer) melhoraram a imunidade com o reforço, mas foram as vacinas diferentes que mostraram a maior eficácia em quem tomou as primeiras doses de Coronavac. 

Depois da Pfizer, está a Astrazeneca que também garantiu o reforço na proteção de quem tomou a Coronavac. Em seguida, estão a Janssen e por último a Coronavac, mostrando que o esquema homólogo não é o mais recomendado.