Com três casos confirmados em Campo Grande, os moradores estão em alerta para uma nova ameaça à saúde: uma nova cepa do vírus . Com sintomas parecidos com os da Covid-19, os moradores devem ficar em alerta para os sinais.

Indisposição, dor no corpo, febre alta, coriza, lacrimejando e falta de ar são alguns sinais de que pode ser preciso procurar um médico. Os principais sintomas da voltaram a ganhar força nos últimos dias diante da da doença no Rio de Janeiro.

É comum que se confundam os sintomas da gripe com os da infecção causada pelo novo coronavírus. Para ter certeza, é necessário realizar um teste.

Diferenças entre a gripe e a Covid

No caso da gripe, o infectado costuma ficar muito mal no início da doença, em até 48 horas, com muita febre, explicou a infectologista Jamal Suleiman. Quando o caso é de Covid, essa situação é menos comum no começo.

A indisposição de uma pessoa gripada é grande já no princípio. O acometimento pela gripe costuma durar de sete a dez dias. No caso da Covid-19, a pessoa normalmente tem dores musculares que duram, às vezes, horas e desaparecem. Ao longo dos dias, mais sintomas podem aparecer: do quinto ao oitavo dia, o paciente pode perder o paladar e olfato.

No décimo dia, se o paciente for ter uma evolução ruim da Covid, ele começa a sentir uma maior falta de ar, afirma a médica Lorena de Castro Diniz, coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia).

Outra confusão comum é com o resfriado, condição causada por outro vírus. Nesse caso, porém, os sintomas são brandos, como uma obstrução nasal discreta, por exemplo, diz Suleiman.

Os principais sintomas da gripe costumam aparecer em 24 ou 48 horas. É nesse período que a pessoa gripada deve procurar ajuda médica. Diniz explica que o tratamento pode incluir antivirais, como o oseltamivir (conhecido pelo nome comercial Tamiflu).

Tratamento

Procure atendimento médico assim que surgirem os primeiros sintomas. Segundo Diniz, o vírus Influenza é tão grave quanto o coronavírus.

“Alguns pacientes com comorbidades, cardiopatas, hipertensos ou diabéticos podem descompensar a doença primária”, diz a médica, citando quadros que podem levar, inclusive, a internações.

De acordo com a imunologista, são vistos altos índices de infarto em pessoas infectadas pela Influenza que tenham alguma cardiopatia. Há risco também de AVC (acidente vascular cerebral).

A Influenza sazonal já era esperada. Suleiman lembra que as pessoas passaram os dois últimos invernos relativamente protegidas, com uso de máscaras e sem aglomerar. Com a flexibilização, diz, vírus como o da Influenza passam a circular mais. “Agora com a retomada, com as escolas funcionando e com o arrefecimento da circulação do novo coronavírus, surgiu uma janela, uma oportunidade de outros vírus emergirem”, completa Kfouri.

Segundo os especialistas, o melhor a ser feito neste momento para evitar a gripe é continuar com os mesmos cuidados contra a Covid, ou seja, uso máscaras, evitar aglomerações, lavar as mãos e usar álcool em gel.

Como se prevenir?

Para se proteger contra a nova variante da gripe, as medidas de prevenção continuam as mesmas. Seguir com o uso de máscaras é importante, não só para evitar a contaminação pelo coronavírus, mas também para prevenção contra a H3N2. Além disso, apesar da vacina contra a gripe disponível atualmente não incluir a variante Darwin, ela ainda possui a Influenza H3N2 em sua composição, o que pode ajudar a evitar sintomas mais intensos.

As outras medidas de prevenção à gripe também seguem recomendadas:

  • Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento;
  • Utilize lenço descartável para higiene nasal;
  • Cubra o nariz e a boca ao espirrar ou tossir;
  • Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Mantenha os ambientes bem ventilados;
  • Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
  • Evite sair de casa em período de transmissão da doença;
  • Evite aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
  • Adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

*Com informações da Folha de S.Paulo.