Campo Grande confirma 3 casos de influenza; confira como identificar sintomas da nova gripe
Um dos pacientes era do Rio de Janeiro, cidade que vive epidemia com nova variante da gripe
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Quando todos achavam que 2021 já deu o que tinha que dar, surge uma nova preocupação de saúde: a gripe. Cidades brasileiras registram surtos da doença devido a uma nova variante da Influenza e a situação já é considerada epidemia no Rio de Janeiro. Em Mato Grosso do Sul, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) afirma que não há risco de epidemia, mas a vacinação está abaixo do ideal. Além disso, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) acaba de confirmar os três primeiros casos de gripe do ano, sendo que um dos pacientes veio justamente do Rio.
Ao longo de todo o ano de 2021, Campo Grande ainda não havia registrado nenhum paciente infectado pela gripe. Com o distanciamento e o uso de máscaras na pandemia, a gripe também acabou sendo ‘eliminada’ por tabela, contudo a Influenza volta a se espalhar no país neste fim de ano e a Capital registra os primeiros casos nesta semana.
A Sesau informa que os primeiros casos confirmados de Influenza foram registrados na quinta-feira (16). “Ontem chegou ao conhecimento da secretaria os primeiros casos confirmados de Influenza no município, foram três, sendo que um deles é de paciente que veio do Rio de Janeiro”, divulgou, em nota.
Enquanto São Paulo começa a testar a população para o vírus da gripe, ainda não há uma discussão sobre o assunto em Campo Grande. A Sesau reforça que não há surto em Campo Grande, os três casos registrados foram os primeiros do ano. “Reforçamos que, a melhor forma de se prevenir da doença é através da vacinação, que está disponível em todas as unidades de saúde durante o dia todo, e que a secretaria segue acompanhando o crescimento dos casos em outras localidades e vem emitindo alertas para profissionais de saúde”, reforçou.
O que se sabe sobre a nova cepa?
O vírus da Influenza que circula no país é o H3N2, também conhecido como variante Darwin, que sofreu uma mutação na Austrália neste ano. Até agora, o que se sabe é que a cepa do vírus veio do Hemisfério Norte e está presente na Europa e nos Estados Unidos. Um ponto importante a ser observado sobre a cepa da Influenza é que a vacina da gripe aplicada no país não tem uma ação contra esta versão específica do vírus.
O que acontece é que a cepa é recente e, portanto, quando a campanha de vacinação contra a gripe aconteceu, ainda no primeiro semestre, a variante ainda não era conhecida. Apesar de não conter a nova variante, a vacina disponível ainda tem o vírus Influenza H3N2, ou seja, ainda oferece uma certa proteção contra sintomas mais intensos. A previsão é que as vacinas a serem aplicadas em 2022 contenham proteção contra a cepa Darwin. Enquanto isso, especialistas indicam que a gripe pode superar o coronavírus em casos novos, como já tem acontecido no Rio de Janeiro.
Quais são os sintomas?
Os sintomas dos infectados com a nova cepa da gripe são comuns em quadro de SRAG (Síndrome respiratória aguda grave), só que mais intensos. Pessoas contaminadas podem ter febre alta, nariz congestionado, falta de apetite, indisposição, tosse, dor no corpo e até vômitos. Muitos dos sintomas se assemelham à covid, com a diferença que a gripe não tem costuma apresentar a perda do paladar e do olfato.
MS tem cobertura vacinal abaixo da meta
Diante da epidemia no país, a população de Mato Grosso do Sul deve ficar atenta, já que a cobertura vacinal está abaixo do esperado. Porém, SES informou que não há risco de acontecer uma epidemia de Influenza em MS e afirma que os índices de cobertura vacinal são considerados ‘satisfatórios’, mesmo abaixo da meta estipulada pelo Ministério da Saúde. “Alguns índices são considerados satisfatórios, mas os municípios precisam intensificar as ações de cobertura vacinal, considerando que são responsáveis pelas estratégias de vacinação”, ressaltou.
Entre os grupos de risco na campanha de vacinação contra a gripe, somente o das crianças atingiu a meta. As crianças têm uma cobertura de 92,2% de vacinados contra a gripe, sendo que a meta é de 90%. Outros grupos, como o de idosos e trabalhadores, estão abaixo do ideal.
Conforme informações da SES, o grupo dos trabalhadores apresenta 72,5% de cobertura vacinal e dos idosos 71,5% de cobertura vacinal. Para a secretaria, os municípios precisam intensificar as ações de cobertura de vacinal, principalmente no grupo das gestantes que registra 63,1% de cobertura vacinal e nos indígenas com 64,6% de cobertura vacinal.
Ainda dá tempo de vacinar
Diante da disseminação do vírus Influenza, as secretarias de saúde do Estado e de Campo Grande recomendam a vacinação, principalmente para pessoas que estão nos grupos de risco. “A SES recomenda que quem não tomou a vacina contra a Influenza pode procurar uma unidade de saúde do seu município porque há doses disponíveis”, reforçou.
Para quem ficou preocupado, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) também garante que ainda dá tempo de se proteger. “A vacinação para evitar a infecção está disponível em todas as unidades de saúde”, informou a secretaria.
Como se prevenir?
Para se proteger contra a nova variante da gripe, as medidas de prevenção continuam as mesmas. Seguir com o uso de máscaras é importante, não só para evitar a contaminação pelo coronavírus, mas também para prevenção contra a H3N2. Além disso, apesar da vacina contra a gripe disponível atualmente não incluir a variante Darwin, ela ainda possui a Influenza H3N2 em sua composição, o que pode ajudar a evitar sintomas mais intensos.
As outras medidas de prevenção à gripe também seguem recomendadas:
- Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento;
- Utilize lenço descartável para higiene nasal;
- Cubra o nariz e a boca ao espirrar ou tossir;
- Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Mantenha os ambientes bem ventilados;
- Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
- Evite sair de casa em período de transmissão da doença;
- Evite aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
- Adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
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