Cerca de 2 mil pessoas participam de carreata dos enfermeiros por regulamentação do piso salarial em MS
Manifesto foi realizado nesta quinta-feira, pelo centro de Campo Grande
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Enfermeiros de Mato Grosso do Sul realizaram uma carreata na tarde desta quinta-feira (13), no centro de Campo Grande, em manifesto pela aprovação do piso salarial da categoria, que beneficia também técnicos de enfermagem, auxiliares e parteiras. De acordo com a Polícia Militar, participaram aproximadamente 2 mil pessoas e 500 veículos no ato promovido pelo Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de MS) e grupo Gigantes da Enfermagem.
Eles saíram em comboio das proximidades do Círculo Militar, por volta das 14 horas, e percorreu a Avenida Afonso Pena até chegarem à Praça do Rádio Clube. Lá, Lázaro Santana, de 42 anos, presidente do Siems, disse ao Midiamax que os profissionais buscam melhores condições de trabalho.
Segundo ele, a expectativa está em torno da aprovação do Projeto de Lei 2564/2020, que foi colocado em consulta pública pelo Senado Federal e prevê o piso salarial de R$ 7.315,00 para enfermeiros, R$ 5.120,00 para técnicos, e R$ 3.657,00 para auxiliares de enfermagem e parteiras, com base numa jornada inicial de 30 horas por semana.
“O ato está sendo realizado em todo o país, como forma de pedir apoio aos representantes, para que coloquem essa proposta na ordem do dia [de votação]”, disse. Lázaro pontua que as demandas vão além, tendo em vista que, por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19), a exigência aos enfermeiros aumentou, precarizando ainda mais as condições de trabalho que já não eram das melhores.
“O quadro [de profissionais] que já era defasado, ficou ainda mais. Teve muitos afastamentos e poucas reposições. A carga de trabalho é excessiva, o salário é baixo e por isso nossos trabalhadores estão adoecendo”, lamentou.
Mathias Rondon, de 26 anos, enfermeiro de Rio Verde, também reclamou do sucateamento das unidades de saúde. “A gente está reivindicando melhores condições de trabalho. Os hospitais estão ficando sem medicação simples de uso contínuo e sem equipamento adequado. Além disso, a sobrecarga é muito grande”.
A enfermeira Katila Melo pontuou ainda que todos os pedidos refletem na melhor qualidade dos serviços prestados. “A responsabilidade e dinâmica do trabalho depende das condições. Não queremos estar em dois empregos ao mesmo tempo, queremos qualidade de vida para poder tratar os pacientes da forma adequada. É uma luta coletiva”, finalizou.
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