Com variante Ômicron, barreiras sanitárias voltam na rodoviária e no aeroporto da Capital
Prefeito também comentou sobre lockdown, passaporte vacinal e uso de máscara
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De olho na variante Ômicron do coronavírus, que já foi confirmada nos 5 continentes, Campo Grande voltará a instalar barreiras sanitárias no aeroporto e na rodoviária. O objetivo é testar contra covid e monitorar passageiros vindos, principalmente, da Europa e São Paulo. O anúncio foi feito pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD), na manhã desta terça-feira (30).
De acordo com o prefeito, ainda não foi definida a data nem detalhes operacionais de como irão funcionar essas barreiras, mas a implementação deve ocorrer em breve.
Ainda em relação aos cuidados contra a possível chegada da Ômicron, Marquinhos descartou a liberação do uso de máscaras em Campo Grande. “Não é mais momento para discussão sobre a retirada do uso de máscara, que é a medida protetiva mais eficiente e mais barata que temos”, declarou.
Conforme o prefeito, o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho, está em Brasília para coletar mais informações sobre ações para enfrentamento da variante Ômicron. “Estamos acompanhando o cenário dessa nova variante. A cada dia chegam novas informações mais graves no planeta”, completou Marquinhos, citando países da Europa que determinaram o fechamento do comércio para frear a transmissão do vírus.
Porém, um possível lockdown é descartado em Campo Grande, assim como o retorno do toque de recolher.
Em relação ao passaporte vacinal, Marquinhos disse que não será uma exigência do município e será decidido por cada particular, como organizadores de eventos ou até mesmo estabelecimentos como restaurantes. Nos dois shows infantis que acontecem em dezembro, Mundo Bita e Patrulha Canina, a prefeitura irá exigir comprovante de vacinação das duas doses.
Dessa forma, continuam obrigatórias as medidas de biossegurança por parte dos estabelecimentos e eventos como distanciamento, higienização e uso de máscaras.
Abstenção da 2ª dose
O prefeito lamentou o alto índice de pessoas que não voltaram para tomar a 2ª dose em Campo Grande de quase 10% da população, ou seja, cerca de 90 mil pessoas.
“Não podemos ser referência nacional em vacinação e termos quase 10% da população que tomou a dose 1 e não retornou para tomar a dose 2. Parece que nossa comunidade se encontra em zona de conforto em comodismo preocupante”, declarou.
Variante Ômicron
Classificada como ‘variante de preocupação’ pela OMS (Organização Mundial de Saúde), a Ômicron é aparentemente mais contagiosa e foi detectada pela primeira vez na África do Sul. Ao menos 17 países dos cinco continentes já confirmaram casos da variante. Nas Américas, apenas o Canadá confirmou.
Logo, a descoberta desencadeou série de medidas rigorosas como proibições de viagens e restrições.
Dois fatores são primordiais para mantermos a atenção sobre essa variante: maior transmissibilidade e menor vulnerabilidade às vacinas.
Há ainda risco maior de reinfecção em comparação com outras variantes, além disso, o poder de transmissão dessa variante é incrivelmente alto.
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