VÍDEO: Mesmo com limite nos ônibus, pontos lotam e distanciamento social é ‘ilusão’
Em meio à pandemia, mas tendo que usar os ônibus para garantir o sustento, passageiros do transporte coletivo de Campo Grande reclamam dos transtornos diários, que se intensificam aos finais dos turnos. Apesar de limite de passageiros nos ônibus, aglomeração em pontos e plataformas de embarque é cena comum e deixa qualquer adepto ao distanciamento […]
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Em meio à pandemia, mas tendo que usar os ônibus para garantir o sustento, passageiros do transporte coletivo de Campo Grande reclamam dos transtornos diários, que se intensificam aos finais dos turnos. Apesar de limite de passageiros nos ônibus, aglomeração em pontos e plataformas de embarque é cena comum e deixa qualquer adepto ao distanciamento social revoltado.
No ponto da Avenida Afonso Pena, entre a 14 de Julho e a Calógeras , trabalhadores ficam aglomerados, e relatam espera de mais de 1h pelo coletivo. A secretária Bruna Melriany, 16 anos, conta que todos os dias precisa usar o ônibus, mas tem que lidar com a espera do 080 (Aero Rancho/Terminal General Osório). “Está crítico. Se estão fazendo contagem de pessoas, deveriam colocar mais ônibus, como diminuiu o número de pessoas dentro, deveriam aumentar a frota”.
Nas plataformas de embarque, os passageiros precisam ficar em filas, e aguardar o fiscal liberal a entrada respeitando o limite de vagas no ônibus.
O vendedor Adriano Freitas, 30 anos, conta que terminou o expediente e aguardava o ônibus desde às 20h, porém, o veículo chegou apenas às 22h30. “Nos fins de semana não têm ônibus, os horários não batem.”
O horário de pico das 17h às 18h é quando mais aglomerações são registradas. “Os ônibus que chegam já vem cheios, ele pega só 5 pessoas. Trabalho o dia inteiro em pé, me sinto indignada. Estou pagando imposto para quê?”, questiona a diarista Solange da Silva,36. “É um absurdo pelo valor da passagem. Não tem frota para levar a gente”, complementa a cabeleireira Roberta Vendraminy,29.
Outro passageiro, que não quis se identificar, reclama da falta de alternativas para quem precisa usar o coletivo. “Se a Covid-19 é transmitido por abraços, contato, aqui e nos terminais estamos aglomerados. Eles tiram os de circulação nos bairros, não é impedir as pessoas de entrar, tem mais ônibus é a solução”, disse.
‘Dentro é aperto’
Leitores do Jornal Midiamax explicam que a fiscalização não funciona e para chegar em casa, pessoas correm risco diário. “Todos os dias é a mesma coisa, ônibus lotado. As regras nessa cidade não existem. 14 pessoas em pé”, desabafa.
Constantemente são registrados flagras do Consórcio Guaicurus desrespeitando decretos municipais que pedem medidas de biossegurança para evitar transmissão de coronavírus. Por conta da exposição, as agências fiscalizadoras Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) estão sendo investigadas.
Confira o vídeo:
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